São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995
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Governador faz comparação com SP

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

O governador Marcello Alencar (PSDB) disse ontem que as estatísticas da criminalidade no Rio "não são estranhas ao quadro de violência de outras cidades".
"São Paulo, por exemplo, vive agora o recrudescimento de ações criminosas nas periferias", afirmou Alencar, lançando mão de uma comparação sistematicamente feita pelo antecessor, Leonel Brizola (PDT).
As declarações foram feitas após visitar o 9º Batalhão da Polícia Militar (Rocha Miranda), às 11h, quando a polícia contabilizava 12 mortos na madrugada anterior.
Segundo Alencar, "em uma megacidade como o Rio, a violência não se resolve só pela vontade dos governantes e da sociedade. É preciso que se resolvam todos os problemas do nosso tempo".
A diferença em seu governo, segundo ele, é que "o povo se sentirá mais protegido pela polícia". Ele prometeu que "o Estado terá presença social nos morros, fornecendo o que a população necessitar".
O governador disse que vai propor ao governo federal novos termos para a renovação da Operação Rio, convênio entre o governo estadual e as Forças Armadas para o combate ao crime, que se encerraria no próximo dia 3.
Ele disse que vai pedir às Forças Armadas auxílio em situações de emergência e na fiscalização das fronteiras e empréstimo de equipamentos bélicos.
Segundo Alencar, a população "confia mais" nas Forças Armadas porque elas "não se expõem à luta do dia-a-dia, com a polícia".
O governador voltou a criticar a Polícia Federal: "Ela é completamente ausente no Estado." Ele vai se reunir em março com o ministro da Justiça, Nelson Jobim, para tratar do assunto.

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