São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Juiz liberta prostituta presa por ter Aids
ULISSES DE SOUSA
A prostituta, portadora do vírus da Aids, foi acusada em inquérito policial de transmitir a doença para os parceiros. A mãe, dona de uma boate onde a filha trabalhava, foi acusada de ter conhecimento da doença da filha e permitir a prostituição. As duas mulheres estavam presas desde o dia 30 de janeiro na cadeia de Lutécia (530 km a oeste de São Paulo). O juiz Gimenez deverá pronunciar a sentença definitiva nos próximos 30 dias. Nesse período, Selma e Eva responderão processo em liberdade. O juiz disse que autorizou a libertação da prostituta depois de ouvir cinco testemunhas ontem pela manhã, em Paraguaçu Paulista (510 km a noroeste de São Paulo). Gimenez não informou o teor dos depoimentos. Segundo o advogado Roldão Valverde, que defende Selma e Eva, "os homens confirmaram que ela exigia camisinha para manter relação sexual". Apesar de ter revogado a prisão, Gimenez disse que a atitude do juiz Ronie Herbert de Barros, que mandou prender mãe e filha, foi "legal, oportuna e necessária". O juiz Barros substituía Gimenez, que estava em férias. Ao retomar o cargo, Gimenez decidiu rever o processo. Selma e Eva deixaram ontem cedo a cadeia de Lutécia e seguiram para Conceição de Monte Alegre (SP), onde moram. Elas não foram encontradas pela Agência Folha durante o dia de ontem. (Ulisses de Souza) Texto Anterior: Polícia do Rio faz acareação de suposto falsário Próximo Texto: Grupo lincha homem com foice em Araraquara Índice |
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