São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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EUA vão controlar divisas mexicanas
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A receita da exportação de petróleo mexicano e o compromisso de tomar duras medidas econômicas foram as principais garantias dadas pelo México. Os EUA estão colocando US$ 3 bilhões à disposição imediata do México e outros US$ 7 bilhões estarão disponíveis até junho. Os restantes U$ 10 bilhões serão usados a partir de julho, conforme a necesssidade mexicana. Ele será utilizado pelo México para pagar dívidas de curto prazo que vencem este ano e refinanciar outras de médio prazo. Pelo acordo, o governo mexicano se compromete em apertar sua política monetária para diminuir a oferta de moeda este ano e cortar gastos para atingir superávit de 0,5% do PNB em 1995. Para enfrentar as comissões parlamentares de inquérito que vão investigar a partir de março o empréstimo ao México, Rubin exigiu de Ortiz o máximo possível em garantias para os US$ 20 bilhões. Os importadores norte-americanos de petróleo mexicano vão passar a fazer seus pagamentos em conta aberta em nome do Banco do México no Federal Reserve (FED), o banco central dos EUA. Enquanto o México estiver em dia com suas obrigações com os EUA, ele terá acesso imediato à sua conta no FED. Mas o FED terá o direito de congelar essa conta em caso de atrasos. Ortiz, que ontem tentava demonstrar otimismo durante a assinatura do acordo, lutou o quanto pôde para evitar as exigências mais duras impostas por Rubin. Elas vão, com certeza, provocar recessão imediata e problemas políticos graves para o governo de Ernesto Zedillo. LEIA MAIS Sobre o acordo na pág. 2-10 Próximo Texto: Caindo a máscara; Efeitos especiais; Alternativa latina; O que interessa; Créditos podres; Bois sem nome; Entre outras; Roteiro comum; Defesa pessoal; Pior desempenho Índice |
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