São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Taffarel faz segundo jogo após a Copa do Mundo
MARCELO DAMATO
Taffarel ficou sem jogar porque não conseguiu renovar contrato com o Reggiana, da Itália, onde jogou na temporada 93-94, nem com o Parma, seu clube na época.(MD) Folha - Qual é a sensação de voltar à seleção? Taffarel - É muito bom estar de volta. Agora tenho o reconhecimento pelo título e a missão de ajudar os mais novos. Folha - Quantos jogos você já fez pelo Atlético? Taffarel - Só o amistoso contra o Flamengo. Meus papéis não chegaram da Itália, o que me impede de jogar no Campeonato Mineiro. Já estão brincando comigo, dizendo que eu só jogo amistoso. Folha - Você ficou sete meses sem jogar. Já está em forma? Taffarel - Sim. Contra o Flamengo, me senti muito bem. O apoio da torcida em Minas ajudou. Folha - Você esperava a recepção em Belo Horizonte (a torcida foi ao aeroporto e o jogador desfilou em carro aberto)? Taffarel - Não. Foi uma surpresa. Eu até tinha um pouco de receio de voltar ao Brasil. Aqui, a torcida é muito exigente. Cobra mais, xinga mais do que na Itália. Mas em Minas estou sendo muito bem tratado. Folha - Você acha que seu ciclo na seleção está acabando? Taffarel - Não. Tem gente que pensa que só porque ganhamos o título estamos com a carreira encerrada. Tenho 28 anos. Dá para jogar muito. Folha - Você já tem 88 jogos pelo Brasil. Quer chegar à marca dos cem jogos? Taffarel - Não penso nessas coisas. Mas pensar em todos esses jogos me faz perceber que também sou importante para a seleção. Às vezes, me esqueço disso. Folha - Por que você não ficou na Itália? Taffarel - Os times dão prioridade aos atacantes. E o futebol lá está em decadência. Jogadores italianos estão tendo seus salários reduzidos e a tendência é piorar. Texto Anterior: Bebeto se firma como o oposto de Romário Próximo Texto: Técnico pretende ser ofensivo Índice |
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