São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995
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Taffarel faz segundo jogo após a Copa do Mundo

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO ESPECIAL

O goleiro Taffarel faz hoje seu primeiro jogo pela seleção desde a final da Copa do EUA (17 de julho). Em sete meses, faz seu segundo jogo —o outro, pelo Atlético-MG, foi contra o Flamengo de Romário.
Taffarel ficou sem jogar porque não conseguiu renovar contrato com o Reggiana, da Itália, onde jogou na temporada 93-94, nem com o Parma, seu clube na época.(MD)

Folha - Qual é a sensação de voltar à seleção?
Taffarel - É muito bom estar de volta. Agora tenho o reconhecimento pelo título e a missão de ajudar os mais novos.
Folha - Quantos jogos você já fez pelo Atlético?
Taffarel - Só o amistoso contra o Flamengo. Meus papéis não chegaram da Itália, o que me impede de jogar no Campeonato Mineiro. Já estão brincando comigo, dizendo que eu só jogo amistoso.
Folha - Você ficou sete meses sem jogar. Já está em forma?
Taffarel - Sim. Contra o Flamengo, me senti muito bem. O apoio da torcida em Minas ajudou.
Folha - Você esperava a recepção em Belo Horizonte (a torcida foi ao aeroporto e o jogador desfilou em carro aberto)?
Taffarel - Não. Foi uma surpresa. Eu até tinha um pouco de receio de voltar ao Brasil. Aqui, a torcida é muito exigente. Cobra mais, xinga mais do que na Itália. Mas em Minas estou sendo muito bem tratado.
Folha - Você acha que seu ciclo na seleção está acabando?
Taffarel - Não. Tem gente que pensa que só porque ganhamos o título estamos com a carreira encerrada. Tenho 28 anos. Dá para jogar muito.
Folha - Você já tem 88 jogos pelo Brasil. Quer chegar à marca dos cem jogos?
Taffarel - Não penso nessas coisas. Mas pensar em todos esses jogos me faz perceber que também sou importante para a seleção. Às vezes, me esqueço disso.
Folha - Por que você não ficou na Itália?
Taffarel - Os times dão prioridade aos atacantes. E o futebol lá está em decadência. Jogadores italianos estão tendo seus salários reduzidos e a tendência é piorar.

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