São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Preços ficam estáveis nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços ficaram estáveis nesta semana nos supermercados e hipermercados de São Paulo, conforme pesquisa do Datafolha.
Nos supermercados a variação média foi de 0,06% no período de 15 a 22 deste mês. Já nos hipermercados houve redução de 0,02%.
A pesquisa mostrou estabilidade dos preços dos produtos industrializados.
O setor de hortifrútis manteve a tendência de alta no varejo, embora menos acentuada do que nas semanas anteriores. A volta da queda dos preços das carnes compensou a alta dos hortifrútis, que já começam a presentar queda no atacado.
A pesquisa do Datafolha é feita em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo e abrange 96 itens nos setores de alimentos, produtos de higiene e de beleza.
Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Associação Paulista de Supermercados (Apas), diz que não há pressões no setor. Esta estabilidade deve continuar pelo menos até o final da primeira quinzena de março.
Alves diz que, além da inexistência de repasse de preços por parte das indústrias, o setor vive perda de ritmo nas vendas em relação ao final de 94, inibindo novos reajustes.
As vendas de janeiro ficaram 10,5% inferiores às de novembro e 30,89% menores que as de dezembro. Em relação a janeiro de 94 houve crescimento de 12,89%.
Neste mês o crescimento deve ser menor que o previsto. As vendas começaram em ritmo acentuado no começo do mês, mas perderam fôlego na segunda quinzena, diz Alves. A previsão é de crescimento de 3% a 5%.
A pesquisa desta semana mostrou que o aumento médio dos produtos de limpeza foi de 0,2%, enquanto no setor de higiene a alta atingiu 0,66%. O maior reajuste ficou para papel higiênico (3,4%).
Aos poucos, os reajustes médios de 15% repassados pelas indústrias estão chegando aos consumidores. O papel higiêncio ainda deve sofrer novos reajustes nas próximas semanas, uma vez que a diferença entre o menor e o maior preço praticado na semana foi de 37%.
As chuvas que ocorreram nas últimas semanas continuam pressionando os preços no setor de hortifrútis, inclusive o tomate, que até a semana passada estava em queda nos supermercados. A alta do produto foi de 8,82%.
Os cereais continuam em queda. A previsão de boa safra de arroz, que já começa a ser colhida, provocou baixa de 4,18% nos preços na semana. O feijão, passado o efeito especulativo da chuva nos preços, voltou a cair (7,1%).
A carne também voltou a cair (2,91%). Em baixa desde o início de janeiro, esta tendência tinha sido interrompida na semana passada (mais 1,62%).

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