São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995 |
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Instituição é fonte de inspiração para enredos
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Joãosinho Trinta, por exemplo, foi várias vezes à Biblioteca Nacional para colher material sobre o pintor francês Debret, tema da escola de samba Viradouro em "O Rei e os Três Espantos de Debret". Ele também frequentou o consulado francês. Normalmente a pesquisa começa cedo, em abril ou maio. E no meio da procura vão surgindo pistas sobre o desfile do ano seguinte. "No final do ano, o Joãosinho pediu imagens de uma caravela barroca", lembra uma funcionária da biblioteca. Mas ele não foi o único a recorrer à biblioteca. Os funcionários citam outros carnavalescos que se embrenharam no acervo da instituição para preparar o desfile desse ano: Roberto Szaniecki, do Salgueiro, Max Lopes, da Vila Isabel, Milton Cunha, da Beija Flor. "A Rosa Magalhães (carnavalesca da Imperatriz Leopoldinense) disse que encontrou o enredo desse ano (sobre a primeira expedição científica brasileira, ao Ceará, organizada por dom Pedro 2º) em um livro da seção de obras raras", conta Distefano Vieira, funcionário da biblioteca e destaque da escola de samba Mangueira. A doação do acervo de fotos vai enriquecer um arquivo ainda fraco sobre o tema. Sob a rubrica Carnaval, a Biblioteca Nacional registra apenas 446 itens, entre livros e periódicos, além de uma coleção específica sobre a compositora Chiquinha Barbosa. Há também algumas peças interessantes, como gravuras de Debret, figurinos do campeonato de 92 da escola de samba Estácio de Sá e centenas de discos e partituras de músicas de Carnaval. (LAR) Texto Anterior: Fotos de Carnaval viram acervo público Próximo Texto: Fotógrafo fez imagens eróticas Índice |
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