São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995 |
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Livro de José de Castro tenta melhorar a imagem de Itamar Franco Assessor compara o ex-presidente a Getúlio Vargas FRANCISCO SANTOS
Ele compara Itamar, em alguns aspectos, a Getúlio Vargas, e passa ao largo de momentos questionáveis da gestão do seu chefe, como a decisão de promover a volta do Fusca, e de situações vexatórias, como o episódio da nudez da modelo Lílian Ramos no Carnaval de 94. O texto também não faz referência ao episódio envolvendo as relações do ex-ministro da Fazenda Eliseu Resende com a construtora Norberto Odebrecht, pivô da queda de Resende. Para Castro, o ex-ministro caiu "mais por suas qualidades e possibilidades de êxito que por qualquer outra razão". Castro diz que Itamar foi "o grande avalista do Plano Real" no campo político e que desde o início do seu governo o ex-presidente pretendia fazer de Fernando Henrique Cardoso seu sucessor. A essas afirmações e ao elevado índice de popularidade alcançado por Itamar no final do seu governo, o livro adiciona doses de elogios ao "eminente estadista mineiro", "notável homem público, essa importante liderança política nacional". O ex-consultor, que terminou o governo Itamar como presidente da Telerj, se coloca no livro como a figura central dos bastidores das principais decisões e articulações durante o governo do seu velho amigo de Juiz de Fora. Segundo o texto, foi José de Castro quem aparou as arestas para que Itamar aprovasse a medida provisória que criou o Plano Real; foi também ele que indicou Eliseu Resende para ministro da Fazenda e, depois, quem encorajou Itamar a chamar FHC para substituir Resende. Texto Anterior: Pacote anticonsumo expõe dilema do Real Próximo Texto: Itamaristas divergem sobre papel do governo Índice |
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