São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995 |
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Irmãos se consultam para votar
DENISE MADUEÑO
Eleitos por Estados e partidos diferentes, os irmãos se mantêm unidos nas propostas e nas votações. Dilso, 41, e Dilceu, 47, nunca haviam disputado eleição antes do ano passado. "Percebemos que para mudar e melhorar o país não poderíamos ficar omissos. Nós temos a responsabilidade de defender os interesses da agricultura e pecuária", disse Dilceu. Apesar de serem de partidos diferentes, Dilso teve que se consultar com o irmão mais velho no momento de votar na primeira sessão na Câmara. "Não sabia o que estava votando e aí perguntei ao meu irmão como deveria votar. O partido dele está mais organizado e o orientou na votação, o meu não discutiu nada", disse Dilso. Na quinta-feira passada, Dilceu usou de suas funções parlamentares e se encontrou com o ministro Pedro Malan (Fazenda). Foi reclamar dos juros cobrados pelos bancos oficiais ao setor. "Dessa forma a agricultura está indo à falência", afirmou o deputado. Negócios Os irmãos são sócios no grupo agropecuário Sperafico, o sobrenome da família, com um faturamento anual estimado em R$ 100 milhões. Como os negócios estão espalhados por diversos Estados, Dilso se candidatou pelo PMDB do Mato Grosso do Sul e Dilceu pelo PP do Paraná. "Fomos eleitos com a credibilidade do nome. Nós sempre participamos das atividades da comunidade", disse Dilceu. Na legislatura passada três duplas de irmãos exerciam mandatos na Câmara. Roseana Sarney e Sarney Filho, do PFL do Maranhão, Olavo (PRN-AL) e Renildo Calheiros (PC do B-PE) e Waldir (PST-MS) e Ivânio Guerra (PFL-PR). (DM) Texto Anterior: Deputados se atrapalham Próximo Texto: Novatos aprendem a se virar Índice |
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