São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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Assessora admite ação exemplar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessora especial do programa Comunidade Solidária, Maria Tereza Lôbo, diz que os trabalhos do Ipea, USP e o relatório da Unicef e IBGE "não são camisas de força".
Dessa forma, ela explica por que a opção do governo por Teotônio Vilela quando os números mostram outras centenas de cidades em situação potencialmente mais explosiva. "Essas pesquisas são balizadoras de uma ação muito mais ampla que nós queremos fazer", diz.
Para Tereza, a cidade de Teotônio Vilela "nada mais é do que um exemplo para a realocação dos recursos do governo e definição de prioridades".
A "questão" do programa, diz, é "aprender fazendo". Segundo ela, o governo vai "tomar Teotônio Vilela como uma fórmula".
Tereza não concorda que o governo tenha preparado a estréia do programa Comunidade Solidária aproveitando-se da exposição na mídia que Teotônio Vilela conseguiu. "A ação do governo na cidade é a continuação de um programa anterior que foi interrompido", explicou.
Na semana passada, coincidiu com o lançamento do Programa da Comunidade Solidária uma grande movimentação de funcionários do governo rumo ao município alagoano. Funcionários públicos viajaram para lá, e foi retomada a distribuição de cestas básicas.
Os demais municípios pobres do país vão ter de esperar. O governo ainda está tentando identificar o grupo de 500 cidades que merecem ação prioritária.

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