São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995 |
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Fraude com bônus é provada Na reta final da maior campanha eleitoral do Brasil, em 5 de agosto de 94, a Folha mostrou que a principal inovação da legislação não funcionou na prática. Os bônus eleitorais, que deveriam ser trocados por toda e qualquer doação para controle da Justiça, estavam sendo negociados indevidamente. Dizendo-se empresário de confecções do Vale do Paraíba, o repórter Vicente Duarte, 29, dois anos de Folha, comprou da campanha do PL R$ 140 mil em bônus, pagando R$ 70 mil. Este foi o desfecho de um mês de investigações feitas pelo repórter Xico Sá, 32, quatro anos de Folha. Para ele, a renúncia do candidato Flávio Rocha, provocada pela reportagem, foi um episódio menor. "O objetivo era mostrar que o novo mecanismo da lei eleitoral não funcionava", disse. Xico e Vicente disseram que o recurso utilizado neste caso (identidade falsa) não pode ser banalizado. "Deve ser reservado a casos em que a obtenção de provas por vias normais seja impossível", disse Xico. Vicente Duarte, hoje editor de Política da "FT", afirmou que precisou de sangue frio e talento de ator para encarnar o personagem. Texto Anterior: 'Qualidade' preenche vácuo Próximo Texto: Covas desmonta aparato social do Estado Índice |
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