São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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Dias chatos, noites loucas

DAVID DREW ZINGG

A vida noturna em Lisboa é uma das mais quentes, loucas e cheias de testosterona da Comunidade Européia. E é tão boa provavelmente porque a vida diurna aqui é... bom, vamos encarar: é basicamente boba, tão excitante quanto um pedaço de pão feito sem fermento. Ou, usando a palavra certa: chata.
Mas as coisas começam a explodir por volta das dez da noite e continuam acesas até a madrugada. De dia, a garota portuguesa é como uma dose pesada de um remédio forte, com um sorriso que foi proscrito quando aquele velho piadista, Salazar, ordenava as coisas por aqui. Já a dama portuguesa da noite é outra história —leve, alegre e paramentada como um filme dos anos 30 de Hollywood, com Fred Astaire e Ginger Rodgers.
Existem alguns lugares da noite onde todos, incluindo o tio Dave, vão. O primeiro deles é o Alcântara Café, bar e danceteria. Este campeão é estonteante no quesito decoração. Fica instalado em uma velha fábrica reconstruída, um pouco parecido com o antigo Radar Tantã, em São Paulo, mas ainda melhor. Outro point da cidade é o Chinese Pavilion, que fica no Bairro Alto.
Cia do Chope. R. Prof. Arthur Ramos, 127, Pinheiros, zona oeste. Tels. 814-2525 e 212-5196. Quarta a sábado: 17h/último cliente. Chope: R$ 1,70.

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