São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995
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Isadora Ribeiro perde duelo do samba

AZIZ FILHO ; FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Um duelo de beleza e samba no pé fez a bateria da São Clemente ser cercada por um cordão de isolamento, formado por seguranças na abertura do desfile das escolas do grupo especial do Rio.
A atriz esbanjou simpatia e esforço para organizar o andamento dos ritmistas, mas perdeu a batalha do samba para Suzana: "Estou fora de forma, ela tem muito mais samba no pé do que eu", admitiu.
Isadora passou mal no desfile e tirou o adereço de cabeça. "Trabalhei a noite inteira, cheguei tarde, peguei trânsito e pulei um muro de cinco metros. Queria ter fôlego para ir com a bateria até o fim do mundo", disse a atriz, que interpreta Cilene em "Pátria Minha".
Antes do desfile, Suzana prometeu sambar melhor que Isadora. Cumpriu a promessa. Mas quando a escola chegou à dispersão, Suzana disse que foi "maravilhoso" desfilar com Isadora.
A escola apressou o passo no final para não estourar o tempo de 80 minutos. Um acidente com o último carro quase estraga o desfile da escola. Um pneu estourou e o carro ficou três minutos parado.
Com enredo ufanista, a escola não empolgou. Alas representavam o real e as fantasias repetiam motivos da bandeira do Brasil. Um dos carros satirizava o Carnaval baiano: "Vatapá, acarajé, é Bahia; Carnaval é no Rio". Outra alegoria homenageava Ayrton Senna.
A Unidos da Tijuca, segunda a desfilar, juntou as tradicionais figuras da escola, que nasceu no Borel (zona norte), com os novos ricos da Barra da Tijuca (zona oeste). A união deu certo e a escola fez um desfile luxuoso e animado.

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Sobre o desfile no Rio nas págs. 3 e 5

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