São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995
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Vendas de destilados crescem até 50%

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As empresas de bebidas estão festejando o Carnaval do Plano Real com aumentos expressivos no faturamento.
O presidente da Bacardi-Martini do Brasil, Paulo Serra, diz que tudo indica que as vendas, por quantidade, neste Carnaval devem superar em 50% as do ano anterior.
A empresa tem linha diversificada de produtos (Bacardi, Martini, St.Raphael, Château Duvalier, Bell's, Eristoff) e faturou no ano passado US$ 120 milhões. Ele acredita na estabilização da economia com o Plano Real e a empresa planeja crescer 15% em 95.
Ademir Palazzi, diretor de vendas da Heublein, diz que a empresa trabalha à plena capacidade e com faturamento acima da média histórica. Chegou até mesmo a faltar caixas de papelão para embalar os produtos, diz.
A Heublein tem uma produção diversificada e entrou agora no setor de aguardentes sofisticadas com a marca Berro D'Água. Virgínia Kusiaki, gerente da Heublein, diz que o produto foi concebido para exportação, mas foi lançado no Brasil por causa da exigência do consumidor por aguardentes de maior qualidade.
Os negócios estão agitados também neste Carnaval para a Seagram do Brasil. Segundo a empresa, o rum Ron Montilla tem 40% de suas vendas anuais concentradas no período de verão e Carnaval. A liderança do produto atinge 90% de participação nos Estados da Bahia até o Ceará e a empresa para manter sua participação está investindo US$ 400 mil em campanha publicitária neste Carnaval, principalmente na região Nordeste.
A United Distillers (uísques J Walker Red Label, J Walker Black Label, Black & White, White Horse e Buchanan's) está investindo 41% a mais em marketing neste ano em relação a 94.
O mercado aquecido trouxe maior procura também para o segmento de águas minerais. A Premier Foodrink, importadora e distribuidora ligada ao grupo Danone, passou a trazer dos Alpes franceses para o Brasil a água mineral Evian. Em setembro de 94, a previsão da empresa era trazer 9 mil caixas até o final do ano. Trouxe 30 mil e foi insuficiente para atender à procura. Roberto Carvalho Dias, gerente da Evian, diz que o sucesso do produto permitiu à empresa reduzir em 15% os preços a partir de 1º de janeiro de 95.

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