São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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O REI DO SAMBA

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Um carioca de 22 anos não vê a hora dos desfiles de escola de samba começarem em São Paulo. Ubiratã Oliveira, mais conhecido como Birinha da Camisa, estréia este ano como puxador oficial de samba no desfile da escola Camisa Verde e Branco.
Criado nas mesas de pagode da Ilha do Governador (zona norte do Rio), ele aprendeu a cantar no mundo do samba, frequentando escolas como a Boi da Ilha e a própria União da Ilha.
Nesta época ainda era conhecido como Dega. "Mas acho Birinha melhor. Dega não ia pegar como nome artístico."
Em 1992 veio para São Paulo a convite do sambista Beto "Sem Braço" e ficou de vez. "Tenho saudade da minha família, mas quero trabalhar em São Paulo", conta.
Depois de três anos fazendo "caco" (cantores que ajudam o puxador oficial) na escola, ele começa a encarar a fama.
"As pessoas estão começando a me parar na rua. A TV é muito forte", diz se referindo às vinhetas de Carnaval que a Globo exibe das escolas.
O outro lado da moeda é o assédio. "Se eu fosse atrás das mulheres que vêm em cima não ia dar conta", confessa.
Mesmo assim ele já contabiliza três filhos —Ana Carolina no Rio, Igo e Paulo Rogério em São Paulo—, cada um com uma mãe.
Agora ele pretende aproveitar a força da Mocidade Camisa Verde e Branco para decolar com seu grupo de pagode, o Birinha e Banda Luz, que já tem duas faixas em coletâneas.
Enquanto isso, segue morando na casa da "Tia" Magali, presidente da escola. "Devo tudo a ela. Se eu fizer sucesso é culpa dela."

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