São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995 |
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Suíça toca surdo em maracatu de Olinda
VANDECK SANTIAGO
"É um som diferente, contagiante", diz Katherine, que é professora de jazz na Alemanha e estudante no conservatório de música de Roterdã (Holanda). A suíça desembarcou no Brasil acompanhada de outros seis alunos do conservatório holandês. Em Olinda, ela tem aulas diárias com músicos da orquestra Maracafrevo. O coordenador do grupo de estudantes europeus, Alaor Soares, 35, ex-integrante da banda "Sossega Leão", disse que Katherine "leva jeito". Para Soares, a suíça "vai fazer sucesso" quando mostrar na Europa o que aprendeu no Brasil. "Lá eles pensam que só homens tocam surdo", diz. Olhos verdes, ruiva, pouco mais de 1,60 m de altura, Katherine disse que ficou surpresa por não encontrar nenhuma brasileira tocando surdo. "É um instrumento feminino, que faz a gente parecer uma mãe gorda", compara. Apesar de estar há pouco mais de duas semanas em Pernambuco, Katherine já tem opiniões sobre o Carnaval —não gosta dos trios elétricos e prefere os maracatus. "São mais autênticos", justifica. Katherine conta que ficou "positivamente surpreendida" com a alegria do povo pernambucano. A imagem mais forte que afirma ter visto, no entanto, foi de agressão contra um menor. "Foi quase um linchamento", lembra. Ela volta à Holanda na semana seguinte ao Carnaval. Texto Anterior: Lambada é ritmo esquecido na cidade que a tornou internacional Próximo Texto: CARNAVAL "VIP" É.... Índice |
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