São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995
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Cidade receberia R$ 13 mil

CRIS GUTKOSKI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

Com uma população de 23 mil pessoas, Amarante (a 674 km de São Luís) foi um dos municípios do Maranhão impedidos de receber a verba do Banco Mundial para adotar as medidas de combate à propagação da malária.
A secretária municipal da Saúde, Oscarina Melônio, disse que, no ano passado, a FNS (Fundação Nacional de Saúde) calculou em R$ 13 mil os recursos que estariam disponíveis para repassar à Prefeitura de Amarante, município classificado como "de alta transmissão" da doença.
A verba vinda do exterior serviria para a compra de borrifadores do inseticida que mata o mosquito transmissor e para possibilitar a implementação das medidas necessárias para o uso do equipamento.
O convênio não foi firmado, segundo Oscarina, porque o ex-prefeito Ribamar Azevedo deixou dívidas da prefeitura com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) relativas à folha de pagamento dos funcionários municipais.
Justiça
A secretária disse que a atual prefeita, Enilde Ewerton de Almeida (PFL), impetrou uma ação judicial para provar que não era a responsável pelas irregularidades na prestação de contas da prefeitura.
Com isto, esperava convencer o governo federal a liberar os recursos do Banco Mundial.
Para este ano, a prefeita de Amarante espera ficar em condições de receber o auxílio financeiro de órgãos da administração federal.
Além da malária, o município também está sendo atingido atualmente por um surto de leishmaniose.
A Agência Folha não conseguiu falar com o ex-prefeito Ribamar Azevedo sobre os motivos da inadimplência do município.
A malária atingiu seu pico no Maranhão em 1987, com 56.627 casos (média de 155 doentes a cada dia).
Nos anos seguintes, a incidência foi caindo gradativamente, até voltar a crescer no ano passado.
(CG)

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