São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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Brasil precisa de marketing, diz Forbes
DANIELA ROCHA
Para ele, Brasil e China são os dois grandes mercados emergentes hoje. Motivos: área do país, tamanho da população, safras agrícolas, produtividade industrial, sofisticação de mercados e consolidação política recente, entre outros. Segundo Luiz Forbes, qualquer investidor estrangeiro tem que olhar para o Brasil. "É inevitável." Ele afirmou que o governo deve mostrar neste momento estar disposto a receber investimentos estrangeiros. "Espero que não haja nenhuma medida de restrição à entrada do capital estrangeiro. Isso seria uma loucura." Segundo Forbes, os mexicanos e os argentinos são mestres em marketing no exterior. "Domingo Cavallo, ministro da Economia, é um 'expert'." Na sua opinião, o governo deveria conversar com o investidor mais diretamente, tipo "olho no olho", disse. Forbes exemplifica. Antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso vir aos EUA em abril, ministros e representantes do governo deveriam visitar investidores estrangeiros para "acalmá-los" —isto porque é um processo cultural demorado mostrar que Brasil não tem nada a ver com o México, argumentou. Na visão de Forbes, Nova York, Chicago, Boston e Los Angeles seriam boas cidades para expor o Brasil. Entre as prioridades de Forbes na Câmara estão: palestras informativas sobre a indústria e o comércio brasileiros; incentivar grandes corporações americanas a participar do quadro associativo da entidade; realizar eventos que promovam o comércio de setores da indústria brasileira pouco conhecidos no exterior. "Devemos organizar uma 'Brazilian Trade Expo' em novembro deste ano em Nova York —uma grande exposição sobre a indústria brasileira", disse. O objetivo do evento é trazer empresas médias brasileiras estruturadas e de preferência cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo para ganhar mercado nos EUA. Ainda na linha de eventos, Forbes disse que a Câmara deve realizar a primeira "Trade Mission" (missão de comércio) ao Brasil, no final de abril. "Levaremos integrantes americanos da entidade para contatos de comércio no Brasil para que haja uma exposição direta ao potencial parceiro brasileiro e vice-versa." A visita incluiria principais sindicatos industriais e comerciais brasileiros, autoridades ligadas ao setor em Brasília e as Bolsas de Valores do Brasil. Texto Anterior: Medidas satisfazem governo Próximo Texto: Neta de FHC nasce em Brasília Índice |
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