São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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FHC e ministros devolvem parte do salário

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cada ministro está devolvendo ao Tesouro Nacional 21 salários mínimos. O valor corresponde à quarta parte do salário de R$ 8.000,00 já descontado o Imposto de Renda.
A devolução, via DARF (Documentação de Arrecadação da Receita Federal), atende à proposta feita pelo presidente Fernando Henrique no início de fevereiro.
Ao vetar o mínimo de R$ 100,00, FHC resolveu cortar o próprio salário e dos ministros como exemplo de austeridade.
Junto com o primeiro contra-cheque, os ministros e o vice-presidente Marco Maciel receberam orientações do secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, para devolver exatos R$ 1.484,00 aos cofres públicos.
O Palácio do Planalto não vai controlar os depósitos "voluntários" dos ministros, informou Eduardo Jorge. "Isso não será necessário", disse. Segundo ele, "ninguém reclamou" do corte.
O desconto poderá ser suspenso assim que FHC der um aumento real (acima da inflação) para o salário mínimo, o que está previsto para junho. Em maio, o mínimo deverá passar para R$ 91 com a reposição da inflação acumulada desde julho passado.
FHC pretendia doar o dinheiro ao programa Comunidade Solidária. Mas o programa não tem dotação orçamentária os cerca de R$ 38 mil foram devolvidos diretamente ao Tesourol.

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