São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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Stripteases "acendem" boate Palomino
NELSON BLECHER
Mas quem tentar tocar nelas arrisca-se a ser ejetado pelos leões-de-chácara. Imagino que daquela forma habitual dos filmes, pelos colarinhos. Por fora, parece teatro de periferia. À meia-noite há uma fila de caubóis à porta. Paga-se US$ 10 para entrar e deve-se consumir no mínimo US$ 20 em bebidas. Cerveja quente Dois copos de cerveja chegam ao mesmo tempo, trazidas pela garçonete que traja um biquíni menor que um lenço. Estão quentes. Ninguém reclama porque as pessoas aqui vêm para despertar —saciar, jamais— a sede de sexo. No palco do grande salão um comediante decadente, gravata mal-ajambrada, fica distraindo os clientes —a maioria na faixa dos 40— com piadas de sacanagem, entre um número e outro. Aparece uma "stripper", o velho sai de mansinho. À meia-luz, ela se despe e se contorce como cobra no palco que corta o salão para "abraçar" com os seios as notas de dólar que são oferecidas generosamente pelos rapazes. Outras moças se exibem em salões privês. Escalam falos dourados e pedem aos cliente que sugiram a posição em que receberá a gratificação. Texto Anterior: Sexo, jogo e show biz são as tentações de Las Vegas Próximo Texto: Roteiros incluem costa oeste Índice |
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