São Paulo, sábado, 4 de março de 1995
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Preços sobem 0,78% nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços subiram 0,78% nos supermercados de São Paulo na última semana de fevereiro.
Nos hipermercados, os aumentos médios foram de 0,94%.
Na semana imediatamente anterior, supermercados e hipermercados tinham registrado estabilidade em seus preços.
Os dados fazem parte de pesquisa do Datafolha, que coleta preços de 96 itens em 36 estabelecimentos de São Paulo nos setores de alimentação, produtos de higiene e de limpeza.

Carnes
Os aumentos da semana estiveram localizados em carnes, feijão e massas.
Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Apas (Associação Paulista de Supermercados), diz que mantém sua previsão de estabilidade nos preços neste mês, apesar dos últimos aumentos registrados.
Não existe pressão de repasse de preços por parte da indústria afirmou Rodrigues Alves.
"Os únicos aumentos que receberemos será o de iogurte, que deve subir à base de 5% por mês no próximo trimestre."
Os aumentos registrados pelo Datafolha podem ser reflexo da política de preços das próprias redes de supermercados, admite Rodrigues.
O fim de algumas promoções ou o rodízio de ofertas de um produto para outro acaba alterando a média final da pesquisa. O único aumento que realmente está ocorrendo é o da carne, afirma o presidente em exercício da Apas.

Salários
A proximidade do período de pagamento de salários faz com que os frigoríficos repassem novos preços para os supermercados. Esta pressão, no entanto, acaba na segunda semana do mês.
As carnes tiveram alta de 2,1% na semana nos supermercados de São Paulo. As carnes bovinas lideraram os aumentos, com altas de até 7,5%, como ocorreu com o quilo de patinho.
O frango manteve a tendência de queda, com recuo de 3,71% na semana nos supermercados. Em média, o quilo do frango resfriado esteve a R$ 1,08.
Já o preço do frango ao produtor reagiu ontem, subindo para R$ 0,50 o quilo, após ter caído para até R$ 0,30 na quinta-feira.

Cesta básica
O custo da cesta básica ficou estável na semana, segundo pesquisa do Procon, em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatítica e Estudos Sócio-econômicos).
O setor de higiene apresentou alta de preços de 0,66% no período, enquanto os alimentos recuaram 0,10%.
Já a pesquisa realizada pelo Datafolha, apenas com os alimentos básicos, mostrou alta de 1,02% na semana.

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