São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Peso desaba com boato sobre novo pacote

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O México viveu ontem um dia de boatos sobre o anúncio de um possível pacote econômico para o final de semana.
O plano de choque, como chamam os economistas, incluiria aumentos no imposto de valor agregado de 10% a 12%, no imposto sobre a renda, de 34 a 40%, paridade fixa para o peso em relação ao dólar e reajuste dos combustíveis e de salários.
Com os boatos, o peso teve forte desvalorização ontem no mercado interbancário. O dólar abriu a 6,04 pesos, teve uma cotação mínima de 6,02 e chegou a bater os 6,46. No fechamento do dia, foi cotado a 6,33 pesos.
O mercado atribuiu a forte queda às incertezas sobre o futuro econômico do país, envolto em escândalo político, com a prisão do irmão do ex-presidente Carlos Salinas e aos boatos do pacote.
A Bolsa de Valores fechou em alta de 1,16%.
Em meio aos boatos, os deputados do parlamento mexicano exigiram que o governo renegocie as dívidas de empresas e agricultores, ou faça uma lei que freie a usura no sistema creditício.
Os legisladores advertiram aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura que as carteiras vencidas e o saldo total de juros deixaram de ser um problema financeiro e se converteram em problema social.
Políticos afirmaram que se a crise não for solucionada em tempo, o sistema bancário pode quebrar.
O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, reafirmou seu apoio ao presidente do México, Ernesto Zedillo que, na sua opinião, está trabalhando duro para que o país saia da crise.
Clinton disse que apesar da crise estar durando mais que o previsto, o México está na direção certa. Referindo-se ao empréstimo de US$ 20 bilhões, reafirmou que agiu pensando no que era o melhor para garantir empregos nos EUA.
O governo mexicano interveio no grupo financeiro Asemex-Banpaís por irregularidades nas reservas.

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