São Paulo, sábado, 4 de março de 1995
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Saúde em debate; Parabéns; Papel do ombudsman; D. Paulo e o neoliberalismo; Doações; Até quando? (1); Até quando? (2); Previdência e lógica; Na fila do celular; 74 anos de Folha

Saúde em debate
"Excelente o artigo do sr. ministro da Saúde, dr. Adib Jatene, 'Cobrança por fora', publicado na Folha de 3/03. Nele, o dr. Jatene explica, de maneira clara e transparente, todos os problemas que enfrenta a nossa atual política de saúde, fazendo o diagnóstico da situação e procurando junto à sociedade e entidades de classe um meio justo para atender a saúde da população, em todos os seus níveis, e salvar o Sistema Único de Saúde (SUS)."
Mario Negreiros dos Anjos, da Academia Fluminense de Medicina (Niterói, RJ)

"A idéia do dr. Jatene de transformação do ilegal em norma, permitindo que os médicos possam cobrar diretamente ou através dos hospitais conveniados uma importância complementar do paciente internado pelo SUS, não é nova ou sem prática atual. Já na época do Inamps existia uma portaria autorizando a cobrança pela equipe médica, dos pacientes internados em quarto particular de honorários idênticos aos pagos pelo sistema de saúde. O urgente é fiscalizar, reprimindo os abusos e aumentar a remuneração escorchante (nunca resolvida) das consultas médicas pagas pelo SUS."
Fernando Lima (São Paulo, SP)

"Interessante a observação feita pelo sr. José Augusto Vasconcelos Neto, de Campinas, no Painel do Leitor de 25/02, sobre os contatos frequentes do Gilberto Dimenstein com o ministro da Saúde, divulgando os seus suspiros e intenções com benevolência. Isso se explica pelo fascínio que certos jornalistas não-esclarecidos têm pelos expoentes da tecnologia médica, esquecendo seu papel de críticos. Outros jornalistas não ofuscados, como por exemplo Carlos Heitor Cony, infelizmente não se apresentam ao debate."
Carlos Eduardo Monteiro (São Paulo, SP)

Parabéns
"Parabenizo a Folha pelo nível dos seus editoriais, em especial os intitulados 'O barato sai caro' e 'Festa de despedida' (21/02). Também a Otavio Frias Filho por 'Grau zero' (9/02)."
Antonio Ferreira de Sousa Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Papel do ombudsman
"Como disse o senador Antônio Carlos Magalhães (referindo-se ao ombudsman Marcelo Leite): 'Ao ombudsman cabe criticar o jornal sob a perspectiva do leitor —recebendo e checando as reclamações que ele encaminha à Redação'. E foi o que ele fez. Eu, como simples leitora, sem as prerrogativas de ser destaque na imprensa nacional como acontece com o senador ACM, reclamei ao ombudsman do fato de a Folha não ter, como habitualmente faz, uma posição mais investigativa no caso do escândalo levantado pela revista 'Veja'. Eu disse ao ombudsman que me sinto subestimada, como parte dessa pobre e analfabeta politicamente opinião pública. Admiro a coragem e o profissionalismo daquele que cumpre o seu papel de vigilante da informação, num país onde o coronelismo eletrônico controla grande parte da mídia."
Sílvia de Souza (Goiânia, GO)

D. Paulo e o neoliberalismo
"Parabenizo d. Paulo Evaristo Arns pela ofensiva à implantação do modelo neoliberal em nosso país."
Antonio Neto, presidente da Federação Sindical Mundial (São Paulo, SP)

Doações
"Lemos, constrangidos, na edição de 26/02, a matéria 'Nem a morte garante um pedaço de terra', em que o ex-prefeito Delson Rocha, de Nossa Senhora dos Remédios (PI) acusa São Caetano do Sul de ter enviado para lá, sob a forma de doação, 'tênis furados e leite em pó com data vencida'. Coletamos quase 20 toneladas de brinquedos, alimentos, calçados e roupas. Se o fizemos, foi com o intento de ajudar os patrícios menos bafejados pela fortuna. Pena que o distinto ex-prefeito local não tenha verificado a natureza e a qualidade das doações do povo de São Caetano do Sul..."
Schimizu Sizuma, diretor do Centro Interescolar Municipal Professora Alcina Dantas Feijão (São Caetano do Sul, SP)

Até quando? (1)
"Triste a situação do nosso Brasil. Cada dia que passa o Plano Real vai se aproximando do seu fim. Você vai à feira, e os preços estão a cada semana de 20% a 50% mais caros. Vai ao shopping, e as roupas seguem o mesmo ritmo. Até as liquidações apresentam aumentos de mais de 100% em relação aos preços dos mesmos produtos no ano de 1994. E o salário permanece 'congelado'. Até quando, presidente?"
Alex O. R. de Lima (São Paulo, SP)

Até quando? (2)
"Nos informam de mais uma 'maracutaia'. No caso, é a do Banespa, cujos resultados apontam empréstimos a juros baixos concedidos aos apaniguados do poder. Mas no final de tudo interventores, auditores, diretores, políticos, os 'culpados' e os malandros de sempre irão se reunir naquele estabelecimento comercial, que serve um saboroso prato de origem napolitana, que tem a forma circular e vem coberto de queijo e orégano! Até quando?"
Gilberto Rios (São Paulo, SP)

Previdência e lógica
"Nas análises do sistema de previdência atual é colocado o 'privilégio' do servidor público. É interessante esclarecer alguns aspectos. O servidor público é descontado para a previdência sobre o total de seu salário e não sobre 'tetos' limites. Onde e como esses recursos são utilizados? Eles são insuficientes? Que percentagem do total da folha de pagamento dos aposentados é coberta com esses recursos e quanto é complementado com recursos do Tesouro (se é que o são)? Se esta lógica é incompatível com a previdência pública, como vai assegurar e viabilizar a previdência privada?"
E. Almeida (São Paulo, SP)

Na fila do celular
"Por que não fui convocado ainda para aquisição do serviço de telefonia celular, já que entreguei minha ficha no posto da Telesp-Jabaquara em 2 de abril de 1994 e o prazo de espera de oito a dez meses já venceu?"
Laércio Martelli Fairbanks (São Paulo, SP)

74 anos da Folha
"A Folha vem não apenas correspondendo à expectativa do leitor de manter-se bem-informado e atualizado através da notícia em seus diferentes segmentos como, além disso, proporciona-lhe as condições necessárias ao discernimento das informações."
Vitor Sapienza, presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo (São Paulo, SP)

"Nos seus laboriosos 74 anos de jornalismo sadio, a Folha, em nenhum momento, cedeu ao dinheiro sujo dos corruptos nem se curvou às pressões dos políticos no poder. Tampouco se fez mensageira de causas contrárias aos princípios da nacionalidade."
João Doria, ex-deputado federal (São Paulo, SP)

"Cumprimentamos os integrantes desse tradicional e glorioso órgão de imprensa pela passagem de mais um aniversário de criação."
Edison Márcio Azevedo, comandante de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar (São Paulo, SP)

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