São Paulo, segunda-feira, 6 de março de 1995
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Déficit e inflação; Argentina em baixa; Falta de confiança; Cara feia; Escaramuças; Guerra fiscal; Fragmentação partidária; Conversa de balcão; Pressão dos ricos; Antes do fim

Déficit e inflação
A corretora Merrill Lynch faz as suas previsões para o Brasil este ano. O déficit da balança de pagamentos ficará em torno de US$ 12 bi, o país crescerá 6%, mas a inflação mensal ficará mesmo empacada no patamar entre 1% e 2%.

Argentina em baixa
A Merril Lynch, uma das maiores corretoras dos Estados Unidos, acaba de revisar sua previsão para a Argentina este ano. Reduziu de 5% para 3,5% a expectativa de crescimento da economia.

Falta de confiança
"Uma crise de confiança pode levar a mais perdas no sistema bancário. E isso reduziria ainda mais o crescimento do PIB e até colocaria a Argentina em recessão", prevê a Merril Lynch.

Cara feia
O líder do PTB na Câmara dos Deputados, Nelson Trad (MS), está revoltado com o "mau humor" da assessoria de FHC no Palácio do Planalto: "Aquele Eduardo Jorge é um carrancudo. Não se pode nem chegar perto".

Escaramuças
Nelson Trad (PTB-MS) também se queixa do ministro Sérgio Motta: "Dei 18 telefonemas e ele não atendeu. Ou ele se enquadra na determinação do presidente ou assume a responsabilidade pela oposição que vai sofrer".

Guerra fiscal
A isenção de impostos promovida por governadores para atrair investimentos para seus Estados é um dos maiores "ralos" de dinheiro público, na avaliação de técnicos do governo federal. Será alvo da reforma tributária.

Fragmentação partidária
Líder do PP na Câmara, Raul Belém (MG) diz que o governo deveria dar prioridade à reforma política. "Sem fidelidade partidária, cada deputado é um partido. Isso torna mais difícil a relação do Executivo com o Congresso".

Conversa de balcão
Deputados do Paraná reúnem-se amanhã para discutir o apoio ao governo no Congresso. E, para não perderem a oportunidade, aproveitam para falar sobre a indicação de nomes para as presidências de Itaipu e da Telepar.

Pressão dos ricos
O G-7 (sete países mais ricos do planeta) pressionará os pobres, inclusive o Brasil, na reunião do FMI em abril. Quer mais rapidez e precisão na divulgação de dados econômicos, como balança de pagamentos e volume de reservas.

Antes do fim
Para os ricos, crises como as do México ocorrem, em parte, porque os dados sobre a economia são divulgados quando a vaca já foi para o brejo. Insistirão para que as ditas nações "emergentes" soltem isso mais rapidamente.

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