São Paulo, segunda-feira, 6 de março de 1995
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Times discordam sobre arbitragem

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A atuação do árbitro peruano Alberto Tejada gerou reações opostas entre os times do Corinthians e os da Portuguesa.
A maioria dos corintianos não se conformou com o desempenho do peruano.
"Ele estava muito nervoso. Não tinha diálogo com os jogadores", disse o volante Zé Elias.
As maiores queixas dos jogadores do Corinthians eram sobre a expulsão de goleiro Ronaldo e a não-marcação de um pênalti do zagueiro Gilmar, da Portuguesa, sobre Fabinho.
O mais revoltado era o vice-presidente de futebol, Romeu Tuma Jr. "Não precisavam trazer um juiz de tão longe para cometer esses erros", disse.
"Ele deixou de marcar um pênalti escandaloso e só expulsou o Ronaldo por pressão dos jogadores da Portuguesa."
Entre os corintianos, o único a não condenar a arbitragem de Alberto Tejada foi o zagueiro Pinga. "Ele foi tranquilo, firme, e não se deixou pressionar pelos dois times."
Já o técnico Mário Sérgio preferiu não comentar a atuação do juiz, mas disse considerar desnecessária a importação de árbitros para apitar em São Paulo.
"Ele deu uma aula de arbitragem. Merece nota dez, principalmente pela colocação em campo", disse o técnico Candinho.
"Se fosse um juiz paulista, teria marcado pênalti no Fabinho e não expulsaria o Ronaldo, devido à pressão da torcida", afirmou o treinador.
Já o zagueiro Jorginho disse que se surpreendeu com Tejada. "Não o conhecia e ele teve uma atuação excelente."
(MMo)

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