São Paulo, segunda-feira, 6 de março de 1995 |
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Encontro tem tom de alegria
CLÓVIS ROSSI
Alguns dos delegados levaram tão a sério o convite que deslocaram as discussões para longe da base naval desativada de Holmen, local do Fórum-95, invariavelmente varrida pelo gelado vento que vem do Oresund, o mar que banha Copenhague. Melhor ainda vai ser, na sexta-feira, o programa Boa Noite, Copenhague, boca-livre para os delegados em museus, galerias de arte, transportes e outras atrações. Que ninguém pense, entretanto, que o fórum e a cúpula são apenas festa. Acima de tudo, é um enorme " supermercado de temas", como dizem os organizadores. Só ontem, apesar de ser domingo, o " supermercado" oferecia 94 diferentes "produtos", das 9h às 21h. Espantosa variedade de produtos, aliás. Havia uma assembléia de pequenos agricultores, produtores e micro-empresários, representando 80 organizações de 30 países. Proclamam-se orgulhosamente " a maioria do mundo" e querem que a cúpula lhes dedique mais atenção. Havia ainda uma sigla já extinta, ou quase, no Ocidente, descrevendo os horrores da situação na Iraque (a do Partido Comunista dos Trabalhadores iraquiano). Também estavam as donas-de-casa promovendo a Campanha Internacional por Salários para as Donas-de-Casa. Pegaram pesado: um panfleto por elas distribuído diz que " as mulheres fazem dois terços do trabalho no mundo todo, mas recebem apenas 5% da renda mundia". Mas não faltava a alegria pedida pelos organizadores, às vezes tão espantosa quanto a diversidade das prateleiras do "supermercado de temas". O Encontro de Três Culturas exibia uma dança ritual do Nepal, mais a dança dos espíritos da Groenlândia, mais dança contemporânea dinamarquesa. (CR) Texto Anterior: Dinamarqueses estão pessimistas Próximo Texto: Terroristas dão 'aula' na Internet Índice |
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