São Paulo, segunda-feira, 6 de março de 1995
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TUDO PELO SOCIAL

Até ontem, haviam confirmado sua presença na cúpula 72 presidentes, 5 vice-presidentes e 42 primeiros-ministros. Total: 119. O cubano Fidel Castro, como é de praxe, não confirmou, mas é dado como presença certa.

Comentário do jornal dinamarquês Politiken a respeito da ausência de Fernando Henrique Cardoso: É muito curioso.

A cúpula começa às 10h (6h em Brasília), com discursos do secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, e do premiê da Dinamarca, Poul Nyrup Rasmussen. Ghali dirá ser intolerável que uma uma sociedade que avança a passos cada vez maiores para o progresso deixe à margem e no desespero absoluto mais de 1 bilhão de homens, mulheres e crianças.

O emir de Abu Dhabi, Zayed bin Sultan al-Nahayan, não gostou dos hotéis de Copenhague, sequer dos de cinco estrelas. Preferiu alugar uma sofisticada mansão no norte da cidade, mas, assim mesmo, mandou reformar o banheiro.

A declaração final da cúpula terá um preâmbulo (12 parágrafos), uma descrição da atual situação social no mundo e uma seção de princípios e metas. Termina com os nove compromissos já antecipados pela Folha em 26 de fevereiro.

Já o Programa de Ação, o segundo documento oficial da cúpula, está dividido em cinco capítulos: favorecer o ambiente para o desenvolvimento social; erradicação da pobreza; expansão do emprego produtivo e redução do desemprego; integração social; e implementação e seguimento.

Ao dar sua bênção dominical na praça de São Pedro, no Vaticano, o papa João Paulo 2º disse sobre a cúpula: Espero sinceramente que essa reunião marque o início de uma nova fase no curso da humanidade, na qual os líderes das nações ponham o bem-estar dos indivíduos e dos povos no centro de suas atenções e esforços.

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