São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Zapatistas rejeitam projeto de lei de anistia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os guerrilheiros do Estado mexicano de Chiapas rejeitaram ontem o projeto governamental de pacificação que começou a ser discutido pelo Congresso do país.
Comunicado dos líderes do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) afirma que a iniciativa do presidente Ernesto Zedillo é "humilhante, indigna, prepotente e injusta".
O projeto, que começou a ser debatido ontem pelos parlamentares em sessão extraordinária do Congresso, prevê o restabelecimento do diálogo entre governo e guerrilha em "espaço físico" a ser definido de comum acordo.
As ordens de prisão contra o subcomandante Marcos e outros líderes rebeldes seriam temporariamente suspensas e seriam criadas novas comissões mediadoras.
O EZLN insiste no restabelecimento de áreas "francas ou cinzentas", zonas desmilitartizadas que separem os guerrilheiros das tropas do Exército mexicano.
Isso significaria voltar à situação vigente até janeiro, quando Zedillo ordenou uma ofensiva militar em Chiapas.
Os guerrilheiros também se opõem à participação do Congresso no diálogo, pois faria parte de "um dos bandos beligerantes". Os zapatistas insistem em negociar com o governo por meio da comissão mediadora criada em 1994.
Outra crítica dos rebeldes é que o governo estaria, no projeto de lei, privando-os de "nome e causa", ao tratar o movimento como "o autodenominado EZLN" ou "o grupo de inconformistas".
A guerrilha reconhece como "um avanço" a proposta de anistia contida no projeto de Zedillo.
Parlamentares conservadores também criticaram o projeto do presidente; eles defendem que o governo lance um ultimato à guerrilha e intensifique os preparativos para a ocupação militar intensiva de Chiapas.

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