São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995 |
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Brasil fica sem roupa para desfile no Pan
EDGARD ALVES
Os uniformes estariam retidos na alfândega do aeroporto de Cumbica, em São Paulo, desde antes do Carnaval. "O material é importado e ainda não foi liberado pela alfândega em São Paulo", afirmou André Richer, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), ontem às 11h, no Hotel 4 da Vila Pan-Americana de Chapdamalal, que hospeda a delegação brasileira. A Reebok é a patrocinadora da delegação do COB. Segundo Richer, a Reebok enviou ao Brasil uniformes produzidos na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o inspetor-chefe da alfândega de Cumbica, Aramis Moraes, o material já teria sido despachado. "No começo desta semana realmente havia uma quantidade imensa de material esportivo para o Comitê Olímpico. Mas o material foi liberado e despachado para o Rio de Janeiro", afirmou o inspetor. Ontem, às 17h, a Folha procurou o Comitê Olímpico Brasileiro para saber se alguma providência estava sendo feita para solucionar o caso. Uma funcionária que não quis se identificar disse que, devido à greve dos ônibus no Rio, não havia mais ninguém na entidade. No desfile de abertura, cada um dos 42 países participantes do Pan deverá estar representado por até 150 de seus atletas. Os atletas brasileiros estão utilizando, no momento, os uniformes das suas respectivas confederações, ou seja, cada modalidade tem o seu. Apenas o vôlei e o futebol não usam material da Reebok. O vôlei usa material da Asics e o futebol da Umbro. O contrato do COB com a Reebok vai até a Olimpíada de Atlanta-96. Nas competições, os integrantes da delegação utilizam uniformes sem que haja inscrição de nomes de patrocinadores. Os uniformes que estão sendo utilizados, ao contrário, têm o nome dos patrocinadores. "Não existe problema com os uniformes que estão sendo usados. As cores —azul, amarelo, verde e branco— são as do comitê. A única restrição atinge o tênis de mesa, que não pode usar o uniforme branco por causa da bolinha, também branca, e que pode atrapalhar o atleta no torneio", disse Richer. Richer está afastado temporariamente da direção do COB, porque atua como secretário da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) nos jogos de Mar del Plata. Interinamente, e até o próximo domingo, a presidência do COB está ocupada por Carlos Arthur Nuzman, vice da entidade e presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. Um acordo feito na última eleição do COB colocará Nuzman no lugar de Richer na presidência da entidade em junho próximo. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: FPF pune juiz que apitou jogo do Corinthians Próximo Texto: Borges será o porta-bandeira Índice |
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