São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995 |
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Região do Dão mescla tradição e tecnologia
JORGE CARRARA
A sorte da região começou a mudar no final da década de 80, com os esforços para diversificar e modernizar a produção de vinhos do Dão —até então, em grande parte, nas mãos de cooperativas, nem sempre bem equipadas. Um dos maiores empreendimentos ficou por conta da Sogrape, que comprou a Quinta dos Carvalhais, uma propriedade de cem hectares onde a firma ergueu uma moderna cantina. A adega mescla aparências de planta industrial —pelos tubos e baterias de tanques de inox— com certo ar de centro espacial (dado pelos painéis luminosos da sala de controle da produção, que é monitorada por computador). Em 1991 (época em que este crítico visitou a Quinta), o toque mais tradicional do complexo estava nas fileiras de barris de carvalho, onde repousavam as primeiras versões de um Dão "new-wave": O Duque de Viseu. Agora, dois destes vinhos (tinto 91 e branco 92) desembarcam no Brasil, acompanhados de outro branco da adega, o Quinta dos Carvalhais 91. Os dois brancos têm aroma e sabor marcado pela madeira —o Duque de Viseu tem bom equilíbrio entre a fruta (grapefruit, limão) e o carvalho. O destaque, porém, fica com o Duque de Viseu tinto, um vinho que mescla fruta (cereja, framboesa) e dá, com seu paladar complexo, uma clara e moderna amostra do potencial dos vinhos do Dão. Texto Anterior: História do café peca em precisão Próximo Texto: CHAMPANHE; MAISON 1; MAISON 2; MAISON 3; EM CONTA; BEST BUY Índice |
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