São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Dom Eugênio Sales defende refinaria da Petrobrás no RN

DA AGÊNCIA FOLHA, EM NATAL E DA

Pará, também na disputa, leva abaixo-assinado a FHC
Sucursal de Brasília
O cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eugênio Sales, defendeu ontem na TV Cabugi (afiliada à Rede Globo), em Natal (RN), a instalação da refinaria da Petrobrás no Rio Grande do Norte.
Segundo o arcebispo, que nasceu no Estado, se forem considerados só os aspectos técnicos "no sentido exato do termo, essa refinaria tem todas as possibilidades de ser instalada no Rio Grande do Norte".
Ele lembrou que o Estado é o segundo produtor de petróleo no país, atrás do Rio de Janeiro. "Eu não sou técnico, mas pelas informações que tenho recebido, parece que essa seria a solução válida e melhor", afirmou d. Eugênio.
Orçada em R$ 1,6 bilhão, a refinaria também é reivindicada pelos Estados do Ceará, Pernambuco, Maranhão e Pará.
Abaixo-assinado
Um abaixo-assinado pedindo a instalação da refinaria no Pará, com assinatura de sete governadores da região Norte, foi entregue na quarta-feira para o presidente Fernando Henrique Cardoso pelo governador paraense, Almir Gabriel (PSDB).
A entrada do Pará na disputa despertou o desejo do Amazonas de sediar a nova refinaria.
O governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PPR), foi o único da região a não assinar o documento repassado ao presidente. Ele quer que a refinaria de Manaus seja ampliada.
Os paraenses conseguiram a adesão dos governadores do Acre (Orleir Cameli, do PPR), Amapá (João Alberto Capiberibe, do PSB), Roraima (Neudo Campos, do PTB), Tocantins (Siqueira Campos, do PPR), Rondônia (Valdir Raupp, do PMDB) e Mato Grosso (Dante de Oliveira, do PDT). Estes Estados são os que recebem os produtos vindos do Pará.
O Pará alega que distribui os derivados de petróleo para o equivalente a 54% do território nacional —incluindo aí vastas regiões da Amazônia totalmente desabitadas.

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