São Paulo, sábado, 11 de março de 1995![]() |
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Maluf discute reajuste de ônibus em SP
CLAUDIO AUGUSTO
Carlos de Souza Toledo assumiu ontem a pasta. Ele evitou responder de maneira direta todas as perguntas feitas pelos jornalistas. Ele foi orientado pela sua assessoria de imprensa a não dar "repostas comprometedoras". O seu antecessor, Walter Coronado Antunes, foi demitido quinta-feira, um dia depois de ter declarado que a passagem saltaria de R$ 0,50 para R$ 0,65 em maio, o equivalente a 30% de reajuste. Maluf afirmou que não haverá o repasse imediato do IPC-r acumulado entre julho de 94 —mês do último aumento— e abril de 95 para a tarifa. Maio é o mês da data-base da categoria dos motoristas e cobradores. Os salários representam cerca de 60% dos custos das empresas. "Tarifa socialmente justa é aquela que leva em conta o poder aquisitivo do trabalhador", disse Maluf. "Se o poder aquisitivo do trabalhador não está subindo, a tarifa não vai subir." O prefeito não explicou de que forma as empresas absorverão o impacto do aumento do custo da mão-de-obra sem repassar para a tarifa. Empresários O presidente do Transurb (sindicato das empresas de ônibus), Maurício Lourenço da Cunha, disse acreditar no bom-senso do governo. "Queremos o que é nosso direito. Estamos em um sistema capitalista e queremos lucro", afirmou Cunha. Para o empresário, a discussão sobre o aumento da tarifa deve se dar em cima da planilha de custos do setor. "Não nos interessa a evolução dos outros preços da economia", disse Cunha. Texto Anterior: Megalicitação do lixo pode ter resultado na 2ª Próximo Texto: Cientistas detectam formação de outro supericeberg na Antártida Índice |
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