São Paulo, sábado, 11 de março de 1995![]() |
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Reunião na segunda tentará reverter isolamento
MARTA SALOMON
A reunião foi marcada ontem para reverter o isolamento de FHC. A agenda do presidente se abrirá aos políticos, na tentativa de conter a insatisfação dos aliados e a fragilidade da base parlamentar. "Não é problema de incompetência dos líderes, mas de falta de comunicação", resumiu o líder do governo no Congresso, deputado Germano Rigotto (PMSB-RS). Ele foi surpreendido na quarta-feira com a edição da medida provisória 935 no Diário Oficial, autorizando o governo a cobrir parte do déficit com recursos da Previdência. Rigotto também se disse surpreendido com a aprovação pelo Senado do tabelamento dos juros em 12%, considerada desastrosa para a política econômica de FHC. O líder do governo no Senado, Élcio Alvares (PFL-ES), também bancou uma avaliação equivocada, de que o projeto dificilmente seria aprovado. A possibilidade da votação do tabelamento não foi comunicada a FHC na única reunião que teve com seus líderes durante a semana, antes de estourar a crise. O encontro aconteceu na terça-feira, depois da reunião com os dirigentes dos seis partidos que apóiam o governo no Congresso. Pouco antes de conseguir uma segunda audiência na semana com o presidente, já em plena crise política e do mercado financeiro, o líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP) pedia aos aliados que encarassem as dificuldades com "naturalidade". "Vamos continuar assim e não vai ter monotonia", previu ele, que articulava às pressas uma operação para barrar o projeto do tabelamento dos juros na Câmara. Texto Anterior: Presidente busca novo articulador político Próximo Texto: Pedro Malan estréia Índice |
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