São Paulo, sábado, 11 de março de 1995![]() |
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FHC e Covas defendem volta de Pimenta
DA REPORTAGEM LOCAL E O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e o governador de São Paulo, Mário Covas, defenderam ontem o retorno do deputado Pimenta da Veiga ao comando do PSDB.O PSDB é o partido do presidente e do governador. Pimenta da Veiga renunciou anteontem à presidência do partido porque o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, insistiu em se manter no cargo de secretário-geral do PSDB, mesmo ocupando uma função no primeiro escalão do governo. FHC telefonou para Pimenta ontem à tarde. Segundo o porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, Pimenta não havia respondido ao apelo de FHC até o início da noite. A alternativa de afastamento do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, da secretaria geral do PSDB como condição para que Pimenta reassuma a presidência do partido não foi levada em conta pelo presidente, segundo Amaral. Esse assunto, afirmou ele, precisa ser discutido internamente pelo partido. Em São Paulo, o governador Covas disse que Motta deveria ter saído da secretaria geral do PSDB. "Se depender de mim, faço um apelo para o renunciante voltar atrás", disse Covas, apesar de achar difícil que isto aconteça. Covas disse que essa "seria a solução menos traumática", "seria como se o episódio, desgastante, não tivesse ocorrido". Para ele, o confronto fez Pimenta se sentir "diminuído". Mãos limpas Após receber visita do cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns (que viaja a Roma), Covas reagiu a crítica do presidente da CEI do Banespa, deputado Barros Munhoz (PMDB). Munhoz havia dito, na comissão, que Covas havia agido como Pilatos, lavando as mãos em relação à intervenção no Banespa. "Tenho o costume de andar com as mãos limpas. Não lavei só nessa ocasião. Lavei antes de assumir o governo. Vou ficar quatro anos aqui e minhas mãos vão sempre estar limpas. Ruim não é lavar as mãos, é meter a mão", disse. Texto Anterior: Presidente busca novo articulador político Próximo Texto: FHC optou por Sérgio Motta, diz renunciante Índice |
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