São Paulo, sábado, 11 de março de 1995![]() |
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BID e Banco Mundial dão ao México mais US$ 3 bilhões
DA CIDADE DO MÉXICO O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial anunciaram nova ajuda financeira ao México, no valor de US$ 3,25 bilhões.A quantia se destina a fortalecer o sistema bancário mexicano e apoiar as atividades de cunho social incluidas no novo programa. O Banco Mundial contribuirá com US$ 2 bilhões e o BID com US$ 1,25 bilhão. Segundo Guillermo Ortiz, ministro da Fazenda, o volume é suficiente para que os bancos respondam às necessidades das empresas. A Comissão Nacional Bancária do México vai colocar em operação nos próximos dias um sistema especial de créditos para pequenas e médias empresas. O total de créditos a serem oferecidos está na ordem de US$ 10 bilhões, valor que equivale a 13% do volume de créditos bancários hoje no México e, segundo Ortiz, supera o total da carteira vencida dos bancos mexicanos. Os novos créditos serão emitidos em UDIs (Unidades de Inversão), ou seja, estarão indexados à taxa de inflação. Assim, as empresas estarão mais protegidas de uma eventual variação brusca da taxa de juros. "O peso do ajuste recai sobre os contribuintes e trabalhadores", afirmou em comunicado o PAN (Partido de Ação Nacional), segundo maior partido mexicano. Porfírio Mu¤oz, presidente do PRD (Partido Revolucionário Institucional) também se manifestou contra o pacote. "Agora nossa economia está de fato atada aos interesses estrangeiros", disse. Para Antonio Rivera, presidente da Coparmex (Confederação Patronal da República do México), o programa representa a ruptura da era dos "pactos sociais". "Nós, empresários, somos contra o aumento de impostos e não vamos assinar o pacto", disse. A Igreja também demonstrou desagrado através das declarações de Genaro Alamilla, arcebispo do Estado de Papantla. "Noto um grande esforço para aumentar preços. O incremento dos salários é uma piada." O senador do PAN Emílio Goicichea Luna acredita que o governo está se enveredando pelo caminho errado. "Trata-se de uma opção pela via monetarista." Segundo ele, o pacote seria mais eficaz se o governo enxugasse suas contas em vez de repousar o ajuste nos ombros da sociedade. Texto Anterior: Senador dos EUA critica empréstimo Próximo Texto: Cavallo cria esquema para ajudar bancos Índice |
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