São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Indústria de jóias opera a todo vapor e só aceita pedidos para 2º semestre

GRAZIELE DO VAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de jóias no Brasil, que começou a dar os primeiros sinais de aquecimento no ano passado, está tão movimentado que os revendedores formaram filas em frente aos stands dos fabricantes para encomendar o produto, durante a Feira Nacional de Indústria de Jóias. O faturamento estimado da feira é de US$ 30 milhões.
A maioria das indústrias que participaram da feira, realizada esta semana em São Paulo, já estão operando com 90% de sua capacidade de produção e só aceitam pedidos de encomendas para o segundo semestre.
Dados do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos) mostram que as vendas cresceram 60% nos primeiros meses do ano, em comparação ao mesmo período de 94.
"Em janeiro houve muitos pedidos de reposição porque tivemos dificuldade em entregar todas as encomendas no final de 94. Agora os comerciantes estão programando os pedidos para julho e agosto", diz o empresário José Rosembaum.
Na opinião de Hécliton Santini Henriques, diretor do IBGM, essa boa performance deve-se à implementação de um programa de qualidade, que deu maior eficiência à indústria e possibilitou a queda dos preços dos produtos.
"Procuramos confeccionar peças mais leves e utilizamos bastante pedras brasileiras, que dão um excelente efeito em termos de cor", afirma Henriques.
Segundo ele, o volume de produção cresceu 35% no ano passado.
As exportações saltaram de US$ 171,5 milhões, em 93, para US$ 354 milhões. "Esses números são resultado da estabilidade econômica e da redução da alíquota de exportação, associados a pequenas vantagens cambiais", disse o presidente do IBGM, Ricardo Lerner.

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