São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Vilella lidera indicações ao Prêmio Sharp

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Sharp anunciou os indicados para o 1º Prêmio Sharp de Teatro. Gabriel Vilella levou o maior número de indicações. Concorre duas vezes como diretor, pelas peças "A Falecida" e "Rua da Amargura", que disputam também o prêmio de melhor espetáculo.
"Minha Alma, Alma Minha", de Maria Lúcia Pereira, é a terceira montagem indicada. O prêmio é de R$ 10 mil. Ulysses Cruz disputa com Vilella o prêmio de direção, no valor de R$ 8.000.
Para melhor ator, foram indicados Italo Rossi ("Peer Gynt"), Linneu Dias ("Minha Alma, Alma Minha") e Nelson Xavier ("Grande Sertão: Veredas").
Na categoria feminina, concorrem Cláudia Mello ("Adorável Desgraçada"), Eliane Giardini ("Querida Mamãe") e Eva Wilma ("Querida Mamãe"). Os prêmios para ator e atriz são de R$ 10 mil.
Para melhor autor (prêmio de R$ 10 mil) foram indicados Ariano Suassuna ("Auto da Compadecida"), Linneu Dias e Maria Lúcia Pereira ("Minha Alma, Alma Minha") e Maria Adelaide Amaral ("Querida Mamãe").
A entrega dos prêmios acontece no dia 2 de maio, junto com a do prêmio de música (instituído há oito anos). José Maurício Machline, presidente do grupo Sharp, designou um conselho para definir as regras da premiação e o júri, composto por ele, Antunes Filho, Bibi Ferreira, Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Guilherme Fontes e Juca de Oliveira.
Para Antunes Filho, o prêmio traz "vento novo ao teatro, por não estar vinculado a interesses específicos".
"Quando concorro, nunca venço", diz Antunes. "Dizem que há meninos promissores de 25 anos concorrendo, e que eu já ganhei muitos prêmios. Se reclamo, dizem que sou velho ranheta."

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