São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Felipe González apoiou terrorismo, denuncia ex-chefe de polícia preso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro espanhol, Felipe González, não só sabia da ação ilegal de "esquadrões da morte" ligados ao Ministério do Interior, como as apoiava.
A denúncia foi feita pelo ex-diretor da Guarda Civil espanhola Luis Roldán, preso há nove dias sob as acusações de corrupção e enriquecimento ilícito.
Roldán prestou depoimento anteontem como testemunha ao juiz Baltasar Garzón, responsável pelas investigações sobre o GAL (Grupo Armado de Libertação).
A organização é acusada de ter assassinado 27 supostos militantes separatistas da ETA (Pátria Basca e Liberdade) entre 1983 e 1987.
O ex-policial acusou o ex-secretário de Segurança Rafael Vera e os ex-ministros do Interior José Barrionuevo e José Luis Corcuera de terem desviado dinheiro de fundos secretos do governo para financiar o GAL. Vera está preso desde o mês passado, acusado de envolvimento com o caso.
Felipe González reagiu à denúncia de Roldán afirmando que ela prova que seu governo não fez nenhum acordo "por baixo do pano" com o ex-policial, como vinha afirmando a oposição.
O Supremo Tribunal espanhol considerou aceitável a acusação de irregularidades no uso do dinheiro público feitas por Roldán contra o vice-premiê Narcís Serra e os ex-ministros Barrionuevo e Julián García Vargas (Defesa).
Especula-se na Espanha que Roldán também fará revelações sobre o caso do banqueiro Mario Conde, acusado de fraude na falência do banco Banesto.

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