São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Operador financeiro abre o mês em baixa

JOSÉ VICENTE BERNARDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nenhuma profissão está tirando tanto o sono de empresas e governos de vários países como a de operador financeiro.
Responsáveis pela aplicação mais rentável do dinheiro de seus clientes ou empregadores, os operadores movimentam diariamente quantias assombrosas.
No Brasil, as possibilidades de trabalho estavam crescendo até o final do ano passado, com a estabilização econômica e aumento de investimentos estrangeiros no país.
Mas o susto com a crise mexicana e a falência do banco inglês Barings, provocada por erros de aplicações em bolsas, abalaram a credibilidade da profissão.
Outro "inimigo" —principalmente do operador de pregão— é o avanço de softwares que negociam ações automaticamente.
"Estou nisso há 25 anos e já vi muitas situações como essa. Mas é só o mercado melhorar para a profissão ficar em alta novamente", diz Walter Cestari, 56, coordenador de cursos da Ancor/Bovespa (Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias/Bolsa de Valores do Estado de São Paulo).
Quem pretende começar a carreira como operador de pregão —aquele que passa o dia berrando nas bolsas de valores— deve ter raciocínio rápido e capacidade de perceber tendências de mercado.
As empresas exigem 2º grau e curso de especialização. Voz forte é recomendável.
O operador de pregão fecha, no grito, negócios passados por telefone pela mesa de operações da corretora para a qual trabalha. A corretora administra as finanças de suas empresas-clientes.
Nessa retaguarda trabalham operadores de mesa e analistas.
O operador deve dominar matemática financeira, informática e inglês. Sua função é transmitir as decisões da equipe de retaguarda aos operadores dos pregões. Deve ter 2º grau e especialização.
Os analistas são responsáveis pelo estudo dos riscos e pela montagem da estratégia de operações.
Devem ter sólida formação acadêmica —de preferência, com pós-graduação no exterior— em economia e finanças.
O salário médio de um operador com três anos de profissão é de R$ 3.000, entre fixo e comissões. Um analista sênior ganha, em média, R$ 5.000, mais comissões.
É possível começar a carreira como trainee ou auxiliar, com salário inicial de R$ 500, em média.

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