São Paulo, domingo, 12 de março de 1995
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Construtoras apostam no alto padrão

TELMA FIGUEIREDO
DA REPORTAGEM LOCAL

As vilas ganharam status. O alto padrão e o preço das casas planejadas nos novos empreendimentos limitam o número de pessoas que podem sonhar com sua aquisição.
Quase todos os primeiros lançamentos prevêem imóveis amplos, de quatro dormitórios, com preços entre R$ 200 mil e R$ 500 mil (veja quadro ao lado).
A classe média alta é o alvo das construtoras, que oferecem um produto imobiliário de forte apelo: com o conforto de uma casa e a segurança de um apartamento.
As versões atualizadas irão se opor à origem das vilas. No começo do século, esses pequenos conjuntos de casas eram construídos para abrigar a classe operária.
"Até 20 anos atrás, as vilas eram consideradas moradia de segunda categoria. Hoje têm posição de relevo. Pega bem morar em vila", diz Adolpho Lindenberg, 68.
Lindenberg é presidente da construtora que leva seu nome, conhecida pela tradição em construir empreendimentos de alto padrão. Segundo ele, várias construtoras já estão se programando para participar do mercado das novas vilas. "Com a mudança de status, esses empreendimentos vêm preencher uma lacuna em São Paulo."
Entre as empresas do setor, já existem até casos de incorporadoras que planejam se especializar na construção de vilas.
"Concentrar nossa atuação nesse segmento foi uma decisão estratégica da empresa, que atua no mercado há 45 anos", afirma Claudio Bernardes, 40, diretor da incorporadora Ingaí.
Segundo ele, a Ingaí já adquiriu dois terrenos no Alto da Boa Vista (zona sul) e está à procura de outras áreas para viabilizar projetos.
O primeiro lançamento da Ingaí vai acontecer no segundo semestre deste ano. A vila terá 25 casas de quarto quartos (sendo duas suítes).
O conjunto vai contar com piscina e salão de festas, além de sofisticado sistema de segurança eletrônico. O preço de cada unidade ainda não está definido.
Bernardes diz que embora os primeiros lançamentos estejam voltados para compradores de maior poder aquisitivo, as novas vilas também pode ser destinadas às classes média e popular.(TF)

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