São Paulo, domingo, 12 de março de 1995
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Prestação de serviços indica sucesso

ALINE SORDILI; CLÁUDIA PIRES
EDITORA DO TUDO

CLÁUDIA PIRES
Empresas de prestação de serviços estão em alta neste final de milênio. Segundo consultores ouvidos pela Folha, negócios nessas áreas ainda são pouco representativos em alguns pontos do país (ver quadro ao lado).
O interior das regiões Sul e Sudeste tem espaço e, melhor, demanda qualificada para absorver novas empresas.
As franquias continuam em destaque, sejam elas de prestação de serviços —limpeza de casas e escritórios—, escolas de idiomas ou alimentação.
Há quem aposte alto também nas franquias de informação, como empresas de softwares.
"Elas facilitarão a vida diária", diz Daniel Citron, 40, da Francap Sistemas de Franchise.
Segundo ele, franquias de construção civil, agências de turismo, automotivas e de lazer são negócios bastante promissores.
"O mercado brasileiro ainda tem poucas opções comparado com o norte-americano. Há espaço para todos", diz ele.
Outra opção de negócio para o final do século são as escolas de idiomas e de informática, que prometem ser um bom filão. Motivo: globalização da economia —será impossível escapar dela.
Segredos do sucesso
Para tudo dar certo, o futuro empreendedor deve ainda priorizar o produto. A receita é de Luiz Almeida Marins Filho, 45, dono da Anthropos Consulting. "O consumidor contemporâneo é exigente".
Outra receita que indica sucesso, segundo Marins, é a terceirização (transferência de algumas atividades para outras empresas) de determinados serviços, como limpeza, vigilância, manutenção e escritório —o que pode ser outra idéia de negócio.
"Para se fixar no mercado, é preciso se concentrar no produto principal", afirma Charles Holland, 52, sócio-diretor da Ernst & Young.
A empresa do futuro precisa também revirar o passado. O velho ditado "o cliente tem sempre razão" agora é fórmula de sucesso.
Tem mais: o empreendedor deve ainda estar preparado para atender "pequenos caprichos" do consumidor, como atendimento em casa e oferta de produtos diferenciados ou exclusivos.
Stephen Kanitz, professor da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da Universidade de São Paulo, aposta na "indústria dos pequenos prazeres".
"As pessoas vão buscar cada vez mais a satisfação pessoal, com festas, roupas, seja o que for."
Para Kanitz, a crise econômica nos mercados latino-americanos deve afastar o capital estrangeiro do país por até quatro anos.
"Esse tempo é o necessário para as empresas brasileiras investirem e se preparem para a forte concorrência que virá em dez anos."
Outro ponto importante para que as empresas sejam fortes é o funcionário. "É preciso investir em treinamento. Perder um funcionário é desfazer uma equipe —que demora três anos para se refazer."

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sobre negócios às págs. 9-2 e 9-3.

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