São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995
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PM mata pedreiro após 3 horas de tiroteio

DO NP

A Polícia Militar matou ontem, após três horas e meia de tiroteio, o pedreiro Mário da Costa, acusado de ter assassinado o policial Messias Neto, às 22h de anteontem em uma padaria no Capão Redondo (zona sul). Ele foi morto com um tiro na boca.
Os PMs desconfiaram de Costa depois de interrogarem o ambulante Cícero Silva, que presenciou o crime e descreveu o assassino.
Ao chegarem na casa de Costa, segundo a PM, os policiais já teriam sido recebidos a tiros.
O tiroteio durou cerca de três horas. Os policiais militares Alexandre Freitas e Thomas Tanaka também foram baleados.
A família de Costa diz que ele foi executado pelos policiais. "Ele queria se render mas acabou sendo assassinado", disse seu filho M., 14. "Até agora, eu não sei porque a polícia atirou."
Outro filho de Costa, M., 17, afirmou que o pai não queria se entregar porque tinha certeza que seria "morto de qualquer jeito pela PM".
Segundo um parente de Costa, que não quis se identificar, o policial já perseguia o pedreiro.
"Ele achava que o Mário era amigo de um bandido e por isso não nos deixava em paz", disse.
Em Ermelino Matarazzo (zona leste) um grupo de homens encapuzados matou três pessoas e feriu outras três anteontem.
Às 19h de anteontem, os três homens invadiram uma casa na rua Domingos Espinhoza à procura dos irmãos Ednaldo e Carlos Dias Matos, que foram fuzilados.
Em seguida, deram um tiro na cabeça de Haldineide dos Santos, que assistiu a execução. Na saída, ainda atiraram em Genecildo da Silva, Joselito da Silva, e Antônio Félix, que estavam no bar ao lado.
Para a polícia, a chacina foi encomendada pelo traficante Zé Louco, que comanda o tráfico local.

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