São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995
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Atlas histórico; Assuntos econômicos; Pobreza; Mundo moderno; Frustração; Cinto de segurança; A Bíblia e os idiomas; Protesto; Futebol

Atlas histórico
"Mais uma vez, a Folha comprova ser o jornal que mais leva em consideração a inteligência de seus leitores. A publicação do 'Atlas Histórico Folha/The Times' é mais uma iniciativa louvável que busca oferecer um produto cultural de qualidade a um preço acessível, ao mesmo tempo em que consolida a posição da Folha entre os mais importantes órgãos da imprensa mundial, posição conquistada pelo exercício de um jornalismo ético e competente, comprometido com a verdade e com a democracia. Os leitores e assinantes são pessoas de bom senso e bom gosto ao optar por um jornal como a Folha."
Olavo Batista Duarte Filho (Belo Horizonte, MG)

"Como assinante da Folha e professor de história, cumprimento este conceituado jornal por mais este lançamento. Quando lecionava na PUC de Campinas e na Fundação de Ensino Otávio Bastos, de São João da Boa Vista, utilizava em minhas aulas o Atlas Histórico Escolar do MEC (Ministério da Educação e Cultura). Considero de fundamental importância a localização geográfica e cronológica do fato histórico, como dizia Lord Bacon em uma célebre expressão: 'a cronologia e a geografia são os dois olhos da história'."
José Cardoso de Freitas (São João da Boa Vista, SP)

Assuntos econômicos
"A Folha do dia 9/03 é um primor de saudades da crise (ou de ajudar a criar 'crises'). A chamada principal fala em Real 2, qualquer semelhança com Cruzado 2 não é mera coincidência, é muito pouco criativa. Continua falando em fuga de capitais. Será que tem algo a ver com aumento de juros nos Estados Unidos? Em chamada de duas colunas: 'Senado aprova liminar a 12% os juros reais'. Esta bobagem econômica consta da Constituição de 88 e não poderá, fisicamente, ser cumprida. Mas ajuda a colocar algum pânico nos capitais estrangeiros e nacionais."
Wagner Nabuco de Araújo (São Paulo, SP)

"A Folha em sua edição de 9/02 dava como destaque de primeira página a notícia 'FHC diz que câmbio será mantido'. Em sua edição de 7/03, o destaque era 'Governo desvaloriza o real e inflação deve subir neste mês'. O que se vê mostra que o governo ainda não tem uma política definida, vivendo em sobressaltos ou, como diz um ilustre colega médica, de forma espasmódica. Para cada espasmo novas mudanças, como o exemplo já citado ou a anunciada mudança do novo calendário para o pagamento do funcionalismo público. Tais fatos criam um clima de intranquilidade na população já que outras medidas poderão ser adotadas, e que somente atingem a classe média. Desta forma, o nosso colega recomenda que os brasileiros usem como medicação preventiva, antiespasmódicos."
Mário Negreiros dos Anjos (Rio de Janeiro, RJ)

"Enquanto o dólar cai como nunca diante do marco e do iene, o nosso real se desvaloriza frente a moeda americana ficando duplamente desvalorizado no conceito internacional do câmbio. Que bela mágica o governo aprontou no momento impróprio para mexer na moeda, aturdido com a gritaria da mídia sobre o 'perigo mexicano' e a possível quebra do valor do peso argentino."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

Pobreza
"Respeito a opinião do deputado federal Roberto Campos, porém discordo do que diz no seu artigo 'Pedoai-nos, senhor, porque não sabem o que fazem...' (Folha, 12/02) que a Igreja Católica é uma das responsáveis pela pobreza material de muitos brasileiros, porque não aprova os métodos anticoncepcionais artificiais para o controle da natalidade. Ora, o aumento da população não é a causa da pobreza, mas sim a concentração de renda, absurda no Brasil, em que poucos têm muito e muitos têm pouco. E, mesmo com a queda da taxa de natalidade, a pobreza não caiu, porém parece que aumentou! Claro, é mais cômodo incentivar o uso de anticoncepcionais do que incentivar a redistribuição de renda e o não uso das coisas supérfluas."
Gustavo Magalhães Souza (Rio de Janeiro, RJ)

Mundo moderno
"A queda da URSS e dos países satélites nada mais foi que a queda de uma das faces da sociedade industrial, a sua versão dita 'socialista'. O que estamos todos assistindo e sofrendo, neste final de século, é a implosão da sociedade industrial, incapaz de resolver os extraordinários desafios do mundo moderno."
Henrique Veltman (São Paulo, SP)

Frustração
"Presidente, o sr. frustrou as nossas esperanças endossando aquela anistia imoral assumindo com 'velho Congresso' tamanha irresponsabilidade. Agora, convoco os aposentados a pintarem suas rugadas caras com as cores da indignação, para exortar o 'novo Congresso' a não endossar esta demagógica e sofismática medida provisória que permite ao Tesouro Nacional 'aliviar' os apertos financeiros das incompetências de seu governo com o mesmo dinheiro sonegado aos aposentados por essa Previdência 'pseudo-falida'."
Roberto Franco Bueno (Jundiaí, SP)

Cinto de segurança
"Refiro-me à carta publicada no Painel do Leitor no dia 2/01 pelo sr. Emílio Camanzi, do departamento de comunicação social da Fiat (São Paulo). Não concordo com a afirmação de que o cinto de segurança dos carros da Fiat, pelo menos do Uno Mille 91, sejam projetados de acordo com o tipo médio da população brasileira. Engraçado, o cinto de segurança do Gol passa tranquilamente pelo meio do meu ombro e me dá conforto e segurança. Será que os projetistas do Gol têm outro padrão de média da estatura do povo brasileiro?"
Eunice Ribeiro (São Paulo, SP)

A Bíblia e os idiomas
"Sendo leitor assíduo da Folha, fiquei surpreso com a matéria 'Bíblia já saiu em 2.092 línguas'. No meu modesto ponto de vista, o título deveria ser corrigido para: Bíblia só saiu em 2.092 línguas. Tendo em vista que o mundo tem por volta de 5.000 idiomas (considerando línguas e dialetos), concluímos que muita gente vai ficar sem ler a Bíblia. Isto prova cabalmente que é impossível ter um único livro traduzido para todos os idiomas do mundo. De forma contrária, é plenamente possível que todos os livros do mundo sejam vertidos para uma única língua. Uma língua para tão alto propósito deveria ser neutra, isto é, facilmente atingível para qualquer povo, sem privilegiar país algum, nem representar hegemonia ou imperialismo cultural e linguístico. Tal instrumento de comunicação já existe. É a língua internacional Esperanto, falada por milhões de pessoas nos cinco continentes."
Roberto Resende, professor diplomado do Instituto Internacional de Esperanto (Brasília, DF)

Protesto
"Venho por esta, protestar contra a prisão em flagrante do diretor-superintendente das concessionárias de São Paulo da Citroen do Brasil, Antonio Carlos Ferrine Sampaio. A empresa não se negou a prestar assistência, segundo a matéria, o que deve ter havido foi o lapso de tempo para que o guincho da referida empresa alcançar o ponto onde o automóvel estava quebrado. A comerciante, com total falta de bom senso, chamou o guincho de sua seguradora. Agora, daí a prender o sr. Antonio Carlos por propaganda enganosa."
Eduardo Luiz Della Rocca (São Paulo, SP)

Futebol
"Meus amigos, meus inimigos: Matinas não perde nenhuma oportunidade para encher a bola do 'Timão'. Vide os recentes comentários sobre o Zé Violência (digo, Elias) 'grande revelação', 'jogador moderno' e o tagarela Viola."
Márcio Augusto Peçanha (São Paulo, SP)

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