São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995 |
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Cidade condenada espera 6 anos por açude
PAULO MOTA
Segundo o prefeito de Jaguaribara, Antonio Granja (PDT), desde que houve o anúncio de que cidade desapareceria sob as águas do açude, em 1989, ninguém mais quer investir lá. "O problema é que a obra foi anunciada com grande estardalhaço, mas nunca saiu do papel. Fizeram apenas a terraplanagem. Enquanto isto, a economia da cidade parou", disse Granja. O edital de construção da obra foi assinado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Paes de Andrade (PMDB) no período em que assumiu interinamente a Presidência da República, em 1989. Anunciada como a obra que acabaria com os problemas da seca no sul do Ceará, o projeto prevê a formação de um lago numa área de 54 mil hectares. A obra foi contestada por entidades ambientalistas faraônica —maior do que o necessário— e prejudicial ao meio ambiente, porque o lago que se formaria modificaria a fauna e flora na região. Segundo o deputado estadual João Alfredo (PT), ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Ceará, o desespero dos moradores aumentou em 1991, quando o Dnocs iniciou as obras. "Muitos venderam o que tinham", disse. Segundo o procurador-geral da República no Ceará, Francisco Macedo, as obras do açude Castanhão estão paralisadas porque o governo federal não tem liberado verbas para a construção do açude. Texto Anterior: Diretórios do interior devem dar direção do partido a Quércia em SP Próximo Texto: Embaixadores admitem que fazem troca de dólares no câmbio paralelo Índice |
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