São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Ximenes diz que 600 agências do BB podem fechar

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Banco do Brasil possui 600 agências que têm apresentado déficits contínuos e que podem ser fechadas "a curto prazo", segundo disse ontem, em Porto Alegre (RS), o presidente do BB, Paulo Cesar Ximenes.
O BB possui 4.900 pontos de atendimento (agências e postos bancários) no país. No exterior, o banco possui 43 agências.
Segundo Ximenes, o Banco do Brasil "não vai trabalhar com agências deficitárias".
Ele afirmou que as 600 agências que dão prejuízo, localizadas nas diversas regiões do país, só continuarão operando se a comunidade local puder garantir uma reversão do quadro.
"Estamos recomendando aos superintendentes e gerentes que conversem com o prefeito e a comunidade local", disse Ximenes. "Se houver solução, o banco fica e, se não houver, o banco fecha", acrescentou.
O presidente do BB disse que a definição sobre essas agências tem que ocorrer com rapidez. "Estamos confiando na capacidade negocial (sic) dos nossos superintendentes e gerentes para viabilizar cada uma das agências".
A maior parte das 600 agências do Banco do Brasil que operam com resultado negativo situa-se em municípios pequenos, que têm agência perto ou que abrigam agência de outro banco. "O mutuário do banco não vai ficar desassistido", disse Ximenes.
As agências deficitárias empregam cerca de 3.500 funcionários cuja situação, em caso de fechamento, ainda não foi definida.
Segundo Ximenes, o maior problema do BB, atualmente, é recuperar posição em praças com grande potencial.
Convênio
Ximenes e o governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto (PMDB), assinaram convênio do Programa de Geração de Emprego e Renda.
À tarde, o presidente do BB, que visitaria a Feira Nacional do Calçado, teria reunião com empresários em Caxias do Sul (RS).

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