São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Correios fazem repasse irregular ao Papa-tudo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) fez no ano passado um repasse indevido de R$ 3,6 milhões à Interunion, empresa que vende o Papa-Tudo.
O repasse, que já foi devolvido, foi considerado irregular em relatório do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Paulo Affonso Martins de Oliveira.
Em função do incidente, o Tribunal determinou à ECT que promova auditorias frequentes nos contratos do Papa-Tudo e da Tele-Sena, cujos bilhetes são vendidos em suas agências.
Papa-Tudo e Tele-Sena são títulos de capitalização que oferecem prêmios por sorteios aos seus compradores.
O caso será incluído em uma investigação que o tribunal está fazendo sobre legalidade e economicidade desses contratos. A denúncia sobre o empréstimo partiu do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça.
O voto de Paulo Affonso Martins de Oliveira considera que "é de se estranhar que o valor do débito tenha alcançado um valor tão elevado, sem que nenhuma providência tenha sido tomada".
Outro lado
O presidente dos Correios na época, Antônio Correia, explicou que o empréstimo decorrreu de "procedimentos ajustados no contrato da Interunion".
Segundo ele, o repasse indevido foi descoberto por meio de auditoria interna dos próprios Correios e imediatamente cobrado, com juros.
Antônio Correia afirmou ainda que modificou os procedimentos da relação com a Interunion, de forma a impedir que casos semelhantes se repitam.

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