São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995 |
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Covas e Maluf disputam controle de combate à emissão de poluentes
CLAUDIO AUGUSTO
Maluf quer aprovar na Câmara o projeto de lei que cria o programa de controle de emissão de poluentes para a frota de veículos de São Paulo. Para monitorar o programa, Maluf conta com o apoio técnico da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Um convênio entre Estado e prefeitura garante este apoio. O secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, quer rever o convênio. Ele apóia a decisão da Cetesb de instituir um programa em nível metropolitano. Mas Feldmann só tem sinal verde do Palácio dos Bandeirantes para desfazer o acordo com a prefeitura depois da eleição do novo presidente da Assembléia, que ocorre amanhã. Os tucanos contam com o apoio do PPR para eleger o deputado Ricardo Trípoli (PSDB). A ordem é evitar atritos com Maluf até a eleição da Mesa da Assembléia. Hoje, a bancada do PSDB deve, juntamente com os vereadores do PT, obstruir ao máximo a votação na Câmara do programa de controle de poluição. A bancada malufista vai tentar aprovar hoje mesmo o projeto para evitar a manobra de Feldmann. O secretário, procurado ontem pela Folha, não deu retorno até as 22h30. Negócio milionário Se aprovado, o programa de controle de poluição obrigará os 4,3 milhões de veículos da capital a passarem por uma inspeção anual na época do licenciamento. O carro que estiver emitindo monóxido de carbono e outros gases além do permitido pela legislação ambiental não será licenciado. O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Werner Zulauf, disse que a taxa de inspeção ficará entre R$ 10,00 e R$ 20,00. Na pior das hipóteses, a empresa que ganhar a concorrência vai faturar R$ 43 milhões por ano, contra um investimento inferior a R$ 10 milhões. Texto Anterior: Paulistano enfrenta trânsito lento no centro Próximo Texto: Prédio na Faria Lima ganha painel animado Índice |
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