São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Equador ataca Peru, afirma rádio de Lima

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma rádio peruana informou ontem que três soldados do Peru morreram e dois ficaram feridos num ataque equatoriano na região de fronteira entre os dois países.
Segundo a "Radioprogramas", o Peru "não responderá à agressão equatoriana". As Forças Armadas peruanas e equatorianas não comentaram o suposto ataque, que pode levar ao fim da trégua.
A missão de observadores dos países garantes do Protocolo do Rio afirmou na cordilheira do Condor que vai visitar todas as bases que foram cenário do conflito entre Peru e Equador.
O chefe da missão, o general brasileiro Cândido Vargas de Freire, descartou a versão equatoriana segundo a qual os observadores se negaram a visitar três bases.
Vargas Llosa
A Procuradoria da Justiça do Peru ordenou ontem o arquivamento da denúncia contra o escritor peruano Mario Vargas Llosa e seu filho Álvaro, por suposto delito de "traição à pátria".
Segundo o procurador Gustavo Quiróz, o advogado que havia prestado queixa não apresentou provas. "Não há delito de opinião", afirmou Quiróz citando a Constituição peruana.
A queixa foi feita há cerca de um mês pelo advogado Santiago Sanguinetti, que alegou que pai e filho culparam o Peru pela guerra.
O caso chegou a ser denunciado pelo próprio escritor nos meios de comunicação dos EUA e da Europa. Para Vargas Llosa, a queixa é "própria da ditadura de (Alberto) Fujimori", que o derrotou nas eleições presidenciais de 1990.

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