São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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Távola dirige PSDB; Motta tem exigência aceita

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A eleição do senador Artur da Távola (RJ) para presidente do PSDB está praticamente garantida. Em reunião anteontem à noite, a cúpula tucana decidiu não indicar nenhum outro nome para disputar o cargo com o parlamentar carioca. Távola já ocupa a função de presidente interino do PSDB. A eleição do novo presidente, que será definida pelo diretório do partido, está marcada para o próximo dia 28.
O consenso surgiu após os dirigentes do partido concluírem que a indicação de outro nome só prolongaria a crise, que teve início na última quinta-feira, quando Pimenta da Veiga renunciou à presidência.
A reunião ocorreu na casa do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, e contou com a presença do próprio Távola, além dos líderes do partido no Senado, Sérgio Machado (CE), e na Câmara, José Anibal (SP).
Também estavam presentes os governadores tucanos de São Paulo, Mário Covas, do Ceará, Tasso Jereissati, e de Minas Gerais, Eduardo Azeredo.
Motta afirmou que poderá abrir mão da secretaria geral do partido, caso isso facilite a reorganização da Executiva do PSDB.
A relutância do ministro em renunciar à secretaria foi a principal causa da renúncia de Pimenta —os dois disputavam o poder dentro do PSDB desde a época da campanha presidencial de FHC.
Na reunião de anteontem, Motta fez questão de frisar que chegou a aceitar sua saída da secretaria, como pleiteava Pimenta, desde que houvesse o compromisso de que seu substituto seria também de São Paulo. A exigência será atendida se ele abrir mão do cargo.
Segundo seu relato, as negociações emperraram porque Pimenta não aceitou esta condição 1ª vice-presidência do partido deverá ser ocupada por um parlamentar de Minas Gerais. Atualmente, a 1ª vice cabe ao próprio Távola.

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