São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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Comitê divulga morte e prisão de jornalistas

DE WASHINGTON

Pelo menos 72 jornalistas foram mortos no exercício da profissão em 1994, um dos piores da história recente na perspectiva do Comitê para a Proteção de Jornalistas, que divulgou ontem seu relatório anual.
O capítulo sobre o Brasil ressalta dois fatos como principais obstáculos para a liberdade de imprensa: o uso da Lei de Imprensa de 1967 para "amordaçar" jornalistas e a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão.
O comitê cita 12 casos específicos de ataques a jornalistas, cinco deles contra a Folha ou seus profissionais ou colaboradores.
Os casos que envolvem a Folha são: processos do ex-candidato presidencial do PT Luiz Inácio Lula contra o jornal, do deputado Roberto Cardoso Alves contra o articulista Roberto Romano, do ex-governador do Rio Nilo Batista contra o colunista Nelson de Sá, da empresa Kalunga contra o jornalista José Henrique Mariante e o impedimento à entrada de repórteres em prisões de São Paulo.
Segundo o comitê, 173 jornalistas foram presos por seu trabalho.
O comitê diz que o país mais perigoso para o exercício do jornalismo é a Argélia, onde 19 foram assassinados por extremistas religiosos. O país onde mais jornalistas —74— foram presos foi a Turquia.

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