São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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FHC agora diz que é preciso humildade

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que terá "humildade" de explicar ao Congresso quais são os objetivos do governo com as reformas constitucionais. Ele também disse saber das dificuldades que encontrará para a aprovação das propostas.
"Teremos a humildade de explicar. Ninguém é dono da verdade", afirmou a 60 empresários durante a posse do presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade.
FHC antecipou-se a críticas sobre suposto recuo do governo. "Dialogar não é recuar. Quando dizem que o governo recuou, às vezes, é porque entendeu uma reivindicação e cedeu a ela com espírito público". Ele disse que o governo não está numa "queda-de-braço" com o país.
O Congresso pressionou o governo a explicar o que pretende com a reforma. A maioria das emendas suprime dispositivos da Constituição para que a legislação ordinária estabeleça novas normas.
FHC disse pretender mandar ainda nesta semana a proposta de reforma da Previdência. "Vou mandar, possivelmente nesta semana, uma reforma delicada na questão da Previdência". Ele está convencido das resistências que encontrará nessa matéria.
"As emendas que dizem respeito à máquina administrativa possivelmente mobilizem as insatisfações de certos setores corporativos. Vamos enfrentar sejam as reformas que de imediato encontrem aplauso sejam as que necessitem um pouco mais de reflexão para poderem ser aprovadas".
O presidente disse que, ao contrário das reformas na ordem econômica, a da Previdência não terá reflexos no seu governo. Disse ser oportunista não insistir nesse item.
FHC disse que o governo "é uno, tem uma só palavra" e que não aceitará divisões.

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